O candidato à presidência do F. C. Porto esteve esta segunda-feira à noite no estádio onde começou a carreira de treinador, ao serviço da Académica, em 2009/10, perante cerca de 70 adeptos, em mais uma sessão de esclarecimentos.
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Villas-Boas apelou ao voto a 27 de abril na eleição "mais disputada da história do clube", contando com "30 mil" eleitores nas urnas. Prometeu um clube mais competitivo e com resultados imediatos - "sabemos que não temos a margem de erro de quem está há vários anos" - e garante que quer acabar com a "ruína financeira onde o clube se encontra devido às más opções".
Questionado por uma associada sobre se temia uma nova violação do "fair-play" financeiro, Villas Boas afirmou que ficou "intrigado" com a recente visita do administrador Fernando Gomes à sede da UEFA. "Enquanto candidato e acionista da SAD questionei o clube e até agora não obtive resposta. O meu próximo passo é juntar mais acionistas para ver se o clube dessa forma responde às nossas dúvidas", respondeu.
Pereira da Costa, escolhido para administrador financeiro, revelou que "vários bancos internacionais mostraram-se disponíveis para financiar com boas condições para o clube projetos do F. C. Porto, como o da Academia". Não quis identificar os bancos, mas aludiu aos que têm financiado clubes como o Real Madrid ou Barcelona.
Villas-Boas voltou a relacionar a candidatura de Pinto da Costa com "interesses" de "empresários, agentes de jogadores e pessoas vinculadas a fundos" e lamentou que o clube esteja a crescer "pouco" no número de associados, ao contrário dos rivais que "crescem 15 a 20 mil em dois anos". Para contrariar esta tendência, prometeu apoiar as casas do clube espalhadas pelo país, reforçando por exemplo com bilhetes as casas dos clubes da região onde o clube jogar, "porque um clube como o F. C. Porto tem de encher de adeptos todos os estádios onde joga".
Conceição é "homem de palavra"
Embora, inicialmente, André Villas-Boas não tenha querido comentar a alegada agressão de Sérgio Conceição a um árbitro de um torneio de infantis em Huelva, Espanha, conforme acusou o presidente da Câmara de Cartaya, o candidato à presidência dos dragões acabou por fazê-lo mais tarde. "Acredito na palavra e na verdade de Sérgio Conceição", disse o candidato, depois de ter visto, primeira vez, esta noite, através do telemóvel de um jornalista, o vídeo em que Conceição surge com o filho Moisés a entrar no relvado do estádio de Huelva (o momento que antecedeu as agressões, segundo o autarca espanhol).
Considerando o treinador do F. C. Porto um "homem de palavra", disse que o técnico pode esclarecer as imagens, caso entenda que esse esclarecimento é importante.
Nome do Estádio do Dragão vale quatro a cinco milhões por ano
André Villas-Boas afirmou, esta noite, que o "naming" do Estádio do Dragáo vale "quatro a cinco milhões de euros por ano" e o Centro de Estágio entre "400 mil e um milhão de euros", mas que não é fácil arranjar um empresa disponível a investir estes montantes em publicidade. "Não é por acaso que nenhum dos três grandes clubes portugueses ainda não vendeu o nome do seu estádio", afirmou.
Para o candidato à presidência do FC Porto, para uma grande empresa internacional, e atendendo à dimensão do mercado nacional, "só investindo em simultâneo nos três grandes, ficando com uma quota de mercado de 80 %, poderá ser interessante". Apesar disso, Villas-Boas prometeu "procurar" parceiros interessados em comprar o nome do Estádio do Dragão.