André Villas-Boas comentou a polémica em relação à final da Taça de Portugal, criticando Rui Costa e Frederico Varandas e falando em "corrupção ativa e passiva".
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Depois das declarações de Rui Costa, presidente do Benfica, após a final da Taça de Portugal, e de Frederico Varandas, presidente do Sporting, após a Cimeira de Presidentes, foi a vez de André Villas-Boas opinar sobre a polémica.
"Chegou a altura do presidente da FPF [Pedro Proença] dar um murro na mesa perante grandes suspeições levantadas relativamente ao que me parece ser corrupção passiva e ativa pelas frases do presidente do Benfica. Não sei a quem se dirige, mas são graves e levantam suspeitas do futebol português", disse, à margem da assinatura do protocolo para o Centro de Alto Rendimento.
Villas-Boas explicou que este clima "não revela nada de bom" e prosseguiu em criticar Varandas. "As declarações de ataque ao Conselho de Arbitragem é lamentável em toda a linha e espera-se que o Conselho de Disciplina tenha mão severa. O posicionamento do presidente do Sporting em continuar a atacar árbitros, ataque esse que continuou ontem, esta liberdade de coagir árbitros, tem de ser severamente punido".
O presidente do F. C. Porto diz estar "desapontado" pela forma como o Conselho de Disciplina assiste de forma "impávida e serena a este carnaval". "Grandes não estão sentados à mesa, há choque entre presidente da Liga e FPF. É altura de Pedro Proença dar um murro na mesa, estas declarações não podem passar impunes".
Villas-Boas considera, ainda, que "as declarações de união e almoços na FPF não levam a lado nenhum" e diz que os três grandes estão "em total desacordo em vários temas". "Vive-se um clima de crispação evidente, não só por determinados posicionamentos, mas pela hipocrisia de alguns. Neste momento, é impossível comunicar".
O dirigente relembrou ainda que "o Benfica vai entrar em eleições e será determinante para os três grandes se sentarem à mesa de novo", mas reitera: "Ao nível de acusação que estão as coisas será difícil. O presidente do Sporting vem a público, condena diferentes instituições, com uma hipocrisia que nunca vi".