André Villas-Boas inaugurou, esta quarta-feira, a sede da candidatura à presidência do F. C. Porto, na Rua de Agramonte, um espaço onde se vão debater ideias e onde estão expostos vários artigos relacionados com a história dos dragões. “Teremos o máximo respeito pela época desportiva da equipa”, garantiu.
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Réplicas dos troféus da Liga dos Campeões e Taça UEFA, inúmeras camisolas de diferentes eras e modalidades, fotografias de grandes ídolos da história azul e branca – entre os quais o atual presidente Pinto da Costa e o técnico Sérgio Conceição -, desenham a sede de candidatura de André Villas-Boas, que pretende que o espaço seja uma zona de partilha e troca de ideias.
“A intenção é aumentar a proximidade dos sócios, por isso a inauguração deste sede-museu, trazer aqui um pouco das memórias das pessoas, dos historiadores, das minhas. Que as pessoas possam partilhar o seu portismo, o que o F. C. Porto representa para elas e viverem também destas memórias que tanto significado têm para nós. Arrancamos amanhã com a apresentação dos nomes do presidente da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar e, posteriormente, teremos conversas com ex-jogadores de futebol, das modalidades e dos escalões jovens. Conversas à moda do Porto, cheias de simbolismo e de força. Queremos colocar o sócio no centro da comunicação”, afirmou o antigo treinador dos dragões.
Esperando terminar o dia com 300 assinaturas recolhidas – “era bom, era, já ficava resolvido” -, André Villas-Boas destacou o espírito democrático que quer presente na sede de candidatura: “Alguns sócios já assinaram na Alfândega [na apresentação], é um ato simbólico, de grande significado, que demonstra o apoio dos portistas a esta candidatura, que serão importantíssimos em abril para demonstrar este sentimento de vontade de mudança que é necessária no F. C. Porto. Não andamos aqui a recolher assinaturas de ilustres, esta casa é dos sócios do F. C. Porto e está aberta a todos”.
Revelando que já trocou “várias ideias” com os sócios que marcaram presença na inauguração, o candidato à presidência quer debater com os rivais quando chegar a altura certa: “Por altura da formalização de todas as candidaturas poderá avançar-se para um cenário de debates. Seria normal acontecer, desde que todos os candidatos estejam presentes. A 30 dias da data das eleições será a formalização oficial das candidaturas e, a partir daí, julgo que os debates serão a norma”, defendeu, antes de ser questionado sobre o facto de alguns dos sócios presentes já o tratarem por presidente.
“No fundo é um afeto que já vou sentindo muito na cidade do Porto. Sentimos muita força à volta desta candidatura e a vontade dos sócios nesta mudança. Sinto esse fervor enquanto vou caminhando pela cidade. Claro que falta materializá-la e isso será apenas em abril. É, sem dúvida, uma fonte de força e de ânimo”, comentou, reiterando que este é “o momento certo para avançar” de deixando uma garantia de tranquilidade para a equipa treinada por Sérgio Conceição.
“Penso que não [vai destabilizar]. Tomaremos todos os cuidados para continuar a apresentar a candidatura de uma forma positiva, fresca e inovadora. Evidentemente, isto é uma eleição e numa eleição há partilha de ideias, que umas pessoas gostam mais e outras menos. Seguiremos na apresentação do projeto, das pessoas que nos rodeiam, mas com respeito máximo pela época desportiva do F. C. Porto. É mesmo muito importante, para a sua sustentabilidade futura, que se sagre campeão nacional e é para isso que vamos contribuir”, reiterou, avançando que os nomes dos presidentes da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal e Disciplinar serão “grandes portistas e portuenses com sentido ético e social”.