
Pedro Granadeiro / Global Imagens
O presidente eleito do F. C. Porto marcou presença, esta quarta-feira, no jogo 5 da final do campeonato feminino de voleibol e criticou o facto de a administração da SAD dos dragões não se ter demitido para poder assumir, de imediato, o cargo. Tomada de posse na próxima terça-feira "já é uma vitória"
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André Villas-Boas não foi, ao contrário do que aconteceu no clássico frente ao Sporting - no dia a seguir às eleições -, convidado para ver o jogo na tribuna presidencial do Dragão Arena, tendo ocupado o seu lugar na bancada. Antes, à chegada, falou com os jornalistas sobre a transição de poder no clube.
"O 7 de maio [data para a tomada de posse como presidente do clube] já é uma vitória, graças ao Dr. Lourenço Pinto [presidente da Mesa da Assembleia Geral] e às suas diligências, conseguimos antecipar alguns dias. Não é uma grande vitória, porque numa situação destas, ainda mais com uma vitória tão expressiva, o processo devia ser acelerado", afirmou o presidente eleito.
"Tendo em conta a história do presidente [Pinto da Costa], devíamos respeitar, sendo que não nos satisfaz, de modo algum. Há temas muito quentes para resolver, um problema enorme de tesouraria que é preciso atacar o quanto antes", acrescentou, confirmando que, esta quinta-feira, existe uma reunião com a administração da SAD, deixando um desejo bem vincado.
"Esperamos a máxima cooperação da SAD do F. C. Porto para poder cooptar o dr. Pereira da Costa [como administrador] para iniciar as funções na SAD e termos algum controlo sobre documentos, ordens e todos os contratos a que temos de ter acesso. Há muitas questões que não são tão fáceis de resolver e não podemos mexer se não houver cooperação máxima dos órgãos sociais e da SAD. Nos outros clubes houve demissões imediatas, houve Assembleias Gerais de destituição, neste caso não há e não vejo motivo para isso acontecer", defendeu, garantindo que a "bola" está do lado da administração em funções.
"Depende um pouco da humildade das pessoas em perceber que este ato eleitoral foi expressivo, já aconteceu noutros clubes e as pessoas tiveram essa humildade de perceber o momento. O momento acabou, os sócios ditaram uma vitória estrondosa e não há razão nenhuma e absoluta para estas pessoas continuarem a estar em funções. Portanto, esperamos deles a máxima cooperação. Já houve uma primeira reunião nestes últimos dias entre as partes, o que nos satisfez, mas precisamos de começar a acelerar processos porque já estamos muito tarde na época e há muitas decisões a tomar", lembrou.

