O presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas, admitiu este domingo à noite que não deve marcar presença no funeral de Pinto da Costa, que deixou bem claro, no último livro que escreveu, não querer a presença do sucessor.
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Questionado, após a vitória do F. C. Porto frente ao Farense, no Algarve, se vai estar presente no funeral que se realiza esta segunda-feira, a partir das 11 horas, André Villas-Boas assumiu tratar-se de uma decisão complicada.
“É um momento um pouco sensível. Tenho muito apreço por Jorge Nuno Pinto da Costa, mas também pela sua palavra e pela declaração que teve. Não quero hostilizar um momento que é solene, nem a sua família, nem ir contra a sua palavra que foi direta e clara”, respondeu, referindo-se ao facto de o antigo presidente do F. C. Porto ter dito que não queria ninguém da atual direção no funeral.
“Pretendo respeitá-la [à palavra] e assim será também se o cortejo fúnebre se deslocar ao Estádio do Dragão. Havendo algum desejo [ndr: noutro sentido] da família repensarei, mas foi uma palavra dita em vida e tenciono respeitá-la”, reiterou o atual líder dos dragões, esperando que a família permita que o cortejo fúnebre do presidente honorário possa entrar, esta segunda-feira, no Estádio do Dragão.
"O F. C. Porto disponibilizou o seu estádio. Gostávamos muito de ter Jorge Nuno Pinto da Costa connosco. Evidentemente que temos de respeitar a vontade da família. Temos estado em contacto direto e indireto com a família no sentido de pelo menos garantir que os portistas se possam despedir do Jorge Nuno Pinto da Costa uma última vez. (...) Temos de dar o espaço para a família poder decidir em conformidade e o que acha melhor, no caso da Joana e do Alexandre, para o seu pai", salientou Villas-Boas.
"Iremos respeitar qualquer decisão que venha a ser tomada pela família. Estamos preparados e temos indicação da polícia de que o carro irá descer a Alameda em direção do estádio. Gostávamos muito de que pudesse entrar no Estádio do Dragão para que os sócios do F. C. Porto se despedissem do presidente, mas também que o presidente passasse esse momento único no estádio que construiu, num clube que ajudou a reconstruir e que nesse momento tocasse o hino do F. C. Porto. Era o máximo respeito que lhe podíamos prestar ", acrescentou o atual líder dos azuis e brancos.