Villas-Boas sobre o Mundial de Clubes: "Esperamos abrir uma vitrine no museu para este belo troféu"
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, falou sobre a importância do Mundial de Clubes e do desejo em brilhar na competição e poder colocar o título no museu dos azuis e brancos. O dirigente falou, ainda, da oportunidade para o clube estar próximo com as comunidades portuguesas que residem nos Estados Unidos.
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O troféu do Mundial de Clubes anda a percorrer as cidades de todos os emblemas que irão embarcar na primeira edição do torneio. Nos dias 27 e 28 de janeiro, o troféu esteve na cidade do Porto, com paragem no Estádio do Dragão, onde André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, prestou algumas declarações à FIFA.
"É muito bonito, penso que combina muito bem com estas pipas de vinhos do Porto, uma das outras grandes marcas da cidade. É muito emocionante para nós estarmos no torneio. É um grande orgulho para o F. C. Porto estar numa primeira edição tão prestigiante. Qualificámo-nos por mérito próprio. Ganhámos duas Taças dos Campeões Europeus, duas Ligas Europa, duas Taças Intercontinentais, temos uma Supertaça Europeia e muita história no futebol mundial, e é um grande prazer estar aqui. Esperamos ter um bom desempenho no torneio e, de certa forma, abrir uma nova vitrine no nosso museu para este belíssimo troféu", começou por dizer o dirigente azul e branco em declarações à FIFA, falando, ainda, sobre a importância da proximidade com a comunidade de emigrantes portugueses estabelecidos no outro lado do Oceano.
"Antes de mais, tivemos a sorte de sermos destacados para a zona onde se encontra a comunidade portuguesa, a Costa Este. Assim, podemos interagir melhor com os nossos adeptos, com uma grande comunidade de emigrantes portugueses que sempre esteve à volta de Nova Iorque, Nova Jérsia, Newark, Boston. Há grandes adeptos de futebol, há grandes adeptos do F. C. Porto, e para nós é um privilégio podermos estar nessa zona e disputar dois jogos na Costa Este e, de certa forma, trazer mais gente para perto do F. C. Porto. Pessoas que trabalham nos Estados Unidos há muitos anos, que sabem o que é estar longe do F. C. Porto e agora podem senti-lo de perto e vibrar com as cores", referiu André Villas-Boas.
E acrescentou: "Iniciámos um processo de aproximação a estas pessoas, às casas do F. C. Porto de New Jersey e Newark, para trazer estes adeptos e todas as ações comerciais e de desenvolvimento que vamos criar em torno da nossa presença no Mundial de Clubes. Para nós é muito importante estar nos Estados Unidos, principalmente próximo das nossas gentes, perto desta comunidade portuguesa que lá está. Temos um termo muito português, que é 'saudade'. Por isso, todas as pessoas que lá estão sentem muitas saudades, saudades do território português, saudades do F. C. Porto. Por isso, é um prazer enorme estarmos perto deles e tentarmos dar-lhes todo o nosso carinho. E acho que esse carinho tem de ser traduzido em vitórias e, se possível, levantar este troféu."
O dirigente máximo do emblema portuense perspetivou, ainda, a importância que a estreia poderá ter para o futuro da competição: "Esta primeira edição ficará marcada pela forma como os jogadores e os clubes a abraçarem. Queremos abraçar de uma forma correta e coerente, preparando-nos para estar ao nosso melhor nível e honrar os pergaminhos do clube, mas também com a consciência de que esta primeira edição tem de criar um bom impacto. A sua continuação marcará o futuro desta nova competição. Portanto, deixar uma boa marca, não só para nós, mas também para todos os outros clubes. Penso que é o principal desejo da FIFA, que esta competição se consolide como de grande importância entre as grandes competições internacionais", rematou André Vilas-Boas.
O Mundial de Clubes, que irá ser realizado a cada quatro anos, arranca a 14 de julho de 2025, com um confronto entre Inter Miami e Al Ahly, conjuntos que, inclusive, pertencem ao grupo do F. C. Porto. Já os dragões sobem ao relvado a 15 de junho, num duelo com o Palmeiras de Abel Ferreira.