
A seleção de San Marino é a pior classificada do ranking FIFA e não ganha um jogo desde abril de 2004
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Esta quarta-feira, a seleção pior classificada no ranking da FIFA defronta São Cristóvão e Neves, naquela que é vista como a grande oportunidade de interromper a pior série de resultados de sempre de uma seleção.
Em San Marino, um pequeno enclave feito país numa região montanhosa de Itália, é provável que nunca tenha havido um entusiasmo tão grande por um evento de futebol. A razão é a perspetiva de a seleção deste microestado europeu voltar a ganhar um jogo e com isso interromper um registo inédito e notícia pelas piores razões.
A última vez que San Marino venceu foi em abril de 2004, quando derrotou o Liechtenstein, por 1-0, com um golo de Andy Selva. Foi também a primeira, e única, vitória dos são-marinenses.
Desde então, passaram-se quase 20 anos e o que se seguiu foi a construção da pior série de resultados de uma seleção na história do futebol: nos últimos 137 jogos, San Marino não ganhou nenhum. Empates, houve alguns, frente a seleções como Estónia, Gibraltar, o mesmo Liechtenstein, as Seicheles ou Santa Lúcia, mas vitórias nada. Mesmo marcar golos costuma ser uma raridade para a seleção do país com menor população do Conselho Europeu (cerca de 35 mil pessoas) – San Marino chegou a estar 34 jogos seguidos sem marcar como visitante.
No entanto, os dias que aí vêm são promissores. Como que feitos à medida para, finalmente, a vitória acontecer, seguem-se dois particulares com a seleção caribenha de São Cristóvão e Neves, atual 147.ª colocada no ranking da FIFA, que são vistos como as grandes oportunidades para San Marino voltar a celebrar um triunfo. O primeiro é esta quarta-feira (19.45 horas), o segundo é domingo, à mesma hora. O facto de serem ambos em casa dão um ânimo extra à nação são-marinense.
“Não tenho ideia do que acontecerá se vencermos. É algo quase inimaginável, inatingível, mas desta vez podemos fazê-lo”, disse o médio Lorenzo Capicchioni ao “The Guardian”.
Aos 22 anos, Capicchioni é um dos mais novos da seleção de San Marino. Matteo Vitaioli, pelo contrário, é dos mais velhos: o capitão somou a primeira internacionalização há cerca de 17 anos e ainda procura a primeira vitória. “(Ganhar um jogo) significaria fazer parte da história da seleção do meu país, por isso é o objetivo final”, assumiu Vitaioli à BBC.
