Golos do estreante Fran Navarro e de Robson Bambu decisivos na vitória bracarense sobre o Benfica, que jogou sem brilho e com equívocos no banco.
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Segunda derrota consecutiva no campeonato e enorme assobiadela no Estádio da Luz. O Benfica entrou, ontem, oficialmente em crise, após perder com o Braga, por 2-1, depois de uma exibição sem brilho, com pouca reação e muitos equívocos no banco. A marcha do marcador também não ajudou: os minhotos marcaram nas únicas oportunidades que tiveram na primeira parte, o que deitou abaixo psicologicamente os lisboetas, principalmente a partir do primeiro, concretizado pelo estreante Fran Navarro.
Se esse golo foi muito facilitado pela defesa do Benfica, o mesmo pode dizer-se do segundo, em cima do intervalo. Depois de um canto batido por Ricardo Horta, Robson Bambu saltou à vontade na grande área, momento que castigou uma primeira parte muito fraca dos encarnados.
Bruno Lage lançou Leandro Barreiro no onze, fazendo recuar Kokçu para “seis”, mas, desde cedo, foi notório que a equipa nunca se adaptou a estas novas rotinas no meio-campo. O luxemburguês fez uma boa segunda parte com o Sporting, mas ontem não teve ritmo nem pulmão para dar a consistência que a equipa necessitava. Já no ataque, Pavlidis começou bem - atirou ao poste -, mas foi-se apagando. Vindo de um mau resultado com o Casa Pia, o Braga viu-se com a faca e com o queijo na mão, recuando progressivamente com sucesso as linhas, em especial no segundo período, e praticamente não teve de arriscar no ataque.
Depois do intervalo, o Benfica tentou jogar com outra intensidade, teve momentos interessantes e acabou por marcar, por intermédio de Arthur Cabral, aos 78 minutos, depois de várias oportunidades desperdiçadas pela equipa. No entanto, o coletivo foi incapaz de carburar em velocidade cruzeiro, sendo que as substituições não ajudaram. Amdouni deveria ter entrado mais cedo e Renato Sanches, sem ritmo, falhou passes atrás de passes. Por seu lado, Aursnes e Di María são pendulares e a equipa não lucrou com as suas saídas.
Os adeptos castigaram com muitos assobios a equipa, que desaprendeu de marcar - só um golo nos últimos dois jogos - e está agora de pedra e cal no terceiro lugar.