Vice-presidente do F. C. Porto fala de uma abordagem feita em 2018 por pessoas ligadas ao movimento que quer levar o ex-treinador a vencer as eleições do clube, em abril. Recusou o convite e diz que está com Pinto da Costa "até ao fim".
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"Os mentores da campanha de André Villas-Boas, que são os senhores Antero Henrique e Raúl Costa, convidaram-me para fazer parte desse movimento, ao qual disse na altura que não. Não me revia nessas pessoas, porque tinha saído do F. C. Porto incompatibilizado com uma delas. Portanto, isto [candidatura de Villas-Boas] não é de agora. Já vem de há muitos anos. É apenas um antecipar desse movimento e da ânsia de quem está por trás de chegar rapidamente onde pretende", afirmou Vítor Baía, em entrevista ao jornal "O Jogo".
O administrador da SAD portista admitiu que houve pessoas que falaram com ele sobre a "possibilidade" de se candidatar à presidência, incluindo o próprio Pinto da Costa. "O presidente falou comigo porque achava que, se ele não fosse candidato, eu estava preparado para assumir essa responsabilidade. Eu disse ao meu presidente que estava com ele até ao fim, que não passava pelos meus objetivos e pela minha cabeça deixar de estar com ele", disse Baía, numa entrevista recheada de críticas às arbitragens desta temporada.
"Nos últimos jogos, não tivemos um que fosse sólido, tranquilo e normal por parte das equipas de arbitragem. Não queremos que nos ajudem, nem queremos ser beneficiados. Neste momento, sentimos que estamos a ser prejudicados, como se notou novamente no Bessa, onde não foi assinalado um penálti sobre Eustaquio, que foi unânime. Estou a falar desse lance, mas podia falar de variadíssimos que têm acontecido ao longo da época", referiu.
"Queremos igualdade de tratamento e não temos sentido isso. Ainda agora vimos uma situação gravíssima de um jogador do Benfica [Di María] a encostar a cabeça a um auxiliar e não aconteceu nada [...]. Se fosse o nosso capitão, o Pepe, estava tudo tramado. Eram primeiras páginas e quase irradiado", acrescentou o dirigente, voltando ao dérbi com o Boavista para contar uma situação entre o árbitro Manuel Oliveira e Eustaquio.
"Acham normal, num lance de penálti, unânime, como foi aquele, que o árbitro, de forma arrogante, já no intervalo, vá falar com o Eustaquio e lhe pergunte onde é que aprendeu a atirar-se para a piscina daquela forma? Eu não acho isso normal e nós exigimos respeito", revelou.