Vítor Bruno , treinador do F. C. Porto, espera dar seguimento à vitória sobre o Hoffenheim no jogo de segunda-feira com o AVS e afasta qualquer polémica sobre Rodrigo Mora.
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Em pleno ciclo de jogos de quatro em quatro dias, a contar para várias competições, o F. C. Porto tentará a oitava vitória em nove jogos do campeonato na Vila das Aves. Na antevisão da partida, o técnico Vítor Bruno afirmou que, com o tempo, a equipa portista vai melhorar o nível exibicional, mesmo sabendo que a grande prioridade é ganhar.
"Há pouco tempo para o treino. Há três jornadas, havia dados estatísticos da Liga que mostravam que o F. C. Porto era a equipa que mais oportunidades e remates tinha. Não era perfeita nessa altura, como agora também não é, nem está perto disso. Queremos um futebol espetáculo, champanhe, artístico, tornar o jogo mais rico, andando passo a passo. Vamos lá chegar", disse o treinador dos dragões, negando a obrigatoriedade de gerir o esforço dos jogadores nesta fase da época.
"O ciclo é denso, vamos fazer o terceiro jogo amanhã [em oito dias], mas, nesta fase, a questão da gestão ainda não se coloca. Se o jogo fosse hoje, teríamos de ser mais sensíveis. Apenas olhamos para a dimensão estratégica para tirar o melhor partido do que o adversário nos oferece. Teremos o dia de amanhã para trabalhar mais um ou outro pormenor. Mas sem gestão. Quem sai do banco também pode resolver jogos", disse.
Questionado sobre a polémica que rodeou as declarações que fez antes do jogo da Liga Europa sobre Rodrigo Mora, nomeadamente a forma como o jovem avançado se exibiu quando entrou nas partidas com o Bodo/Glimt e o Arouca, Vítor Bruno respirou fundo e depois disparou: "Prometi a mim mesmo que não falaria novamente do assunto. Interpretaram de forma errada. Ponto final. Quis que as pessoas olhassem para a evolução dele de um jogo para o outro, sem bola. Ele percebeu o que eu disse. Foi falado no próprio dia. Houve muita coisa extrapolada e isso incomodou-me. Faltaram à verdade naquilo que era a minha verdade e no que eu quis passar. Nunca quis criticar ninguém. Houve quem quisesse levar para outro lado, não sei com que intenção. O esclarecimento que fiz foi junto dos jogadores. Isso para mim foi o mais importante. É tudo falado com eles no balneário. Quem joga e vai lá para dentro, sabe qual é a minha intenção. Durmo sempre descansado".
Sobre o AVS, o técnico disse tratar-se de uma equipa consistente. "Em casa, ainda não perdeu e não sofreu golos nos últimos três jogos em casa. Temos de entrar muito fortes e competir desde o primeiro minuto, jogar de forma séria, com muita vontade de ganhar, para podermos aproveitar algumas fragilidades que eles possam ter. O sentido de responsabilidade é sempre o mesmo", referiu, sem se alongar sobre a estabilidade dos últimos seis meses no clube sob a presidência de André Villas-Boas.
"A estabilidade que quero são os resultados. Estabilidade é ganhar. O resto está fora da minha esfera de atuação. O clube está muito bem entregue, e eu serei transitório, um mero funcionário. O presidente poderá ter outro tipo de longevidade. Não quero entrar por aí. Tudo o que for para agregar, contem comigo. Tudo o que for para criar ruído, não contem".
Em relação ao facto de a equipa ter estado muito ansiosa na partida com o Hoffenheim, segundo palavras do capitão Diogo Costa, devido à obrigatoriedade de ganhar aos alemães para recuperar terreno na Liga Europa, Vítor Bruno foi incisivo: "Se estiver sempre ansiosa e ganhar 2-0 em todos os jogos, dêem-me uma folha que eu assino já por baixo".