O treinador do F.C. Porto destacou esta sexta-feira a importância da conquista dos três pontos frente ao Gil Vicente (3-1) na segunda jornada da Liga portuguesa de futebol, enquanto o técnico gilistas Paulo Alves criticou a arbitragem de Rui Silva.
Corpo do artigo
"Fundamentalmente, o jogo valeu os três pontos. Não saiu com a fluidez que esperávamos, mas com certeza que vamos evoluir para um jogo com mais qualidade ganhando", assumiu Vítor Pereira.
O técnico portista reconheceu que a equipa esteve nervoso no início do jogo, tendo o penalti resultado de uma má saída da defesa azul e branca.
"Temos uma perda de bola que origina uma grande penalidade. Isso intranquilizou um bocadinho a equipa, que depois demorou a encontrar-se", disse, garantindo, contudo, que tem total confiança na sua linha defensiva e prometendo trabalhar mais para que tenham mais segurança na saída de bola.
Questionado sobre a saída de Falcao e Rúben Micael para o Atlético de Madrid na véspera do jogo da segunda jornada, Pereira assegurou que não perturbou a equipa: "Os jogadores saem, entram e o FC Porto continua a ganhar. São situações naturais, nomeadamente num clube que vem de tantas conquistas".
Os jogadores que fazem parte do plantel dão "garantias totais" ao treinador, que espera que o FC Porto vá ganhando e crescendo para conseguir dar outro tipo de resposta.
Já Paulo Alves analisou o 3-1 de outro modo, considerando que houve "claramente" duas ou três decisões do árbitro Rui Silva (Vila Real) que condicionaram o resultado e a postura da sua equipa.
"Penso que Otamendi tinha de ser expulso e o lance do empate parece-me exagerado. Parece-me mal ajuizado. Se tivéssemos ficado a jogar contra dez teríamos obrigado a outro tipo de jogo", afirmou, realçando que não fosse estes dois casos e o resultado teria sido diferente.
O treinador do Gil Vicente estava orgulhoso dos seus jogadores, que nunca viraram a cara à luta: "Tivemos boas oportunidades, nunca nos encolhemos. Saímos aqui de cabeça levantada e reforçados em termos daquilo que queremos para o resto do campeonato".
Paulo Alves assumiu que o F.C. Porto é "uma grande equipa", mas que preferiu arriscar, tentando discutir o jogo, do que "plantar um autocarro" em frente da sua baliza.
"Nunca fiz isso na Liga de Honra e não vou fazê-lo na primeira", destacou.
Os gilistas ainda não têm todas as soluções que precisam e o seu técnico espera ainda a chegada de jogadores para colmatar lacunas.