Vítor Pereira, ex-treinador do F. C. Porto, mostrou que não há palavras de ministro ou ações de adeptos gregos que metam medo a um português que é "homem", e do norte. O vídeo lembra uma discussão das arábias, com o mesmo protagonista, há um ano.
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O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, acusou Espanha e Portugal de tentarem levar a Grécia para o abismo. Os governos ibéricos enviaram declarações de protesto à Comissão Europeia e Bruxelas disse que tinha anotado, as críticas e os protestos.
Mas, nem todos os portugueses medem as palavras quando os gregos lhes calcam os calos. É o caso de Vítor Pereira, que se irritou numa conferência de imprensa ao recordar o episódio que levou à interrupção do jogo entre o Panathinaikos e o Olympiacos, clube que treina.
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"Gostei muito e fiquei cheio de medo quando entrei dentro do campo e veio um mascarado para me bater", ouve-se no vídeo, que está a circular no Youtube. "Fez-me lembrar os meus tempos de criança, parecia um fantasma", diz o treinador português, ao recordar o incidente ocorrido a 22 de fevereiro.
Vítor Pereira entrou em campo e foi inspecionar a baliza, atrás da qual estava a claque da equipa da casa, e os adeptos do Panathinaikos não gostaram, tendo invadido o campo. Incidentes que levaram à suspensão do futebol na Grécia.
"Venho cá jogar com a minha equipa e não posso ver o relvado? Não posso ver uma baliza e ir a outra baliza ver como estão as coisas", diz Vítor Pereira, que volta a sentar-se para responder a uma pergunta, quando a conferência parecia já ter terminado, justificando o alegado gesto agressivo que terá feito para a claque adversária.
"O gesto foi feito depois de ele entrar. Quando ele entrou, quis dizer-lhe que não tenho medo. Sabes porquê? Porque sou homem. Não tenho medo, nem dele nem de ninguém", diz Vítor Pereira, antes de voltar a levantar-se para sair, de vez, da conferência de Imprensa.
O momento lembra uma conferência de Imprensa, em janeiro de 2014, quando treinava o Al Ahli Jeddah. Após a derrota frente ao Al Ittifaq, Vítor Pereira, perdeu a cabeça numa conferência de imprensa, depois de um assessor ter tentado limitar as declarações do ex-treinador do F.C. Porto "a apenas questões técnicas".
"Meu amigo, eu falo do que quiser", disse Vítor Pereira, visivelmente exaltado, depois do assessor o ter interrompido para o impedir de tecer considerações ao comportamento dos jogadores durante o jogo. "Eu falo do que quero, se quiser... Se não quiser, vou embora", avisou.
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