Vítor Pereira e a saída do F. C. Porto: "O objetivo era Inglaterra, mas um príncipe veio a minha casa"

O jogo entre Leicester e Wolves, no sábado, a contar para a 17.º jornada da Premier League, vai batizar a estreia de Vítor Pereira numa liga que sempre ambicionou atingir. Quando questionado, em antevisão, o técnico português deixou isso bem claro para assumir o Molineux como nova casa. 

"Porque é a Premier League, que na minha opinião é a melhor liga do mundo. Era algo que já era um objetivo meu há muito tempo e que significa que estou no lugar certo, no topo, com jogadores, treinadores e numa liga de alto nível. Estou feliz por estar cá.  Já tive algumas abordagens de clubes ingleses, mas os Wolves deram o passo em frente para finalizar. Tinha um projeto na Arábia Saudita, mas tendo esta oportunidade, não pensei duas vezes", comentou.

Apesar do anseio em chegar a Inglaterra, Vítor Pereira mostrou ter um bom conhecimento do projeto e do que terá pelas mãos. 

"Estudei antes de aceitar o trabalho. Claro que precisamos de melhorar nalguns aspetos do jogo, mas temos bons jogadores e um jogador que tenha confiança pode fazer muitas coisas, isso muda tudo. A minha ideia é criar uma identidade tática. Nos treinos vamos treinar em primeiro lugar essa identidade e forma de jogar", referiu.

Nesse sentido, a reestruturação do plantel e, claro, eventuais contratações, foram um dos temas: "Penso que o clube está aberto a isso [contratar reforços], mas neste momento é importante entender a resposta em campo dos jogadores às novas ideias. É importante que tenhamos pelo menos uma semana para que eu possa entender o que posso fazer com os nossos jogadores, estudar as suas personalidades e aquilo que precisamos. Depois disso, decidiremos", atirou. 

Durante a antevisão, o técnico, com um vasto currículo, disse que não esperava treinar em tantos países, revelando, de seguida, uma história curiosa.

"Não. Eu lembro-me que o meu primeiro passo fora do meu país foi a Arábia Saudita. Quando saí do F. C. Porto, o meu objetivo era um clube em Inglaterra, o que significa que tive uma reunião na altura para vir para Inglaterra. Mas depois um príncipe veio a minha casa, bateu-me à porta e convenceu-me. Não consegui o trabalho em Inglaterra, mas fui para a Arábia Saudita [para o Al Ahli, em 2013]", mencionou.

Por fim, Vítor Pereira foi questionado se iria manter o compatriota Nélson Semedo como capitão de equipa, ao qual o técnico, prontamente, lembrou ter pouco tempo de trabalho.

"O Nelson é bom rapaz, com boa personalidade e agora estou a tentar perceber onde está a liderança em campo. É lá que é importante. Por agora, estou a estudar. Não é tempo para decidir, é tempo para estudar e recolher informação. Depois decidimos o capitão", finalizou.