A 66.ª edição do principal campeonato canarinho arrancou no último fim de semana e, na primeira jornada, apenas um dos quatro treinadores portugueses conseguiu os três pontos.
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Aquele que é considerado um dos campeonatos mais competitivos e do mundo - nos últimos 15 anos, o Brasileirão acabou com sete campeões diferentes - já começou e, nesta temporada, há um registo a assinalar: tem recorde de treinadores estrangeiros e quatro deles são portugueses. Mas, na primeira jornada, o resultado não sorriu a todos.
O Flamengo e o Palmeiras, dois dos favoritos à conquista do título, começaram com o pé esquerdo. No caso da equipa de Paulo Sousa, o "Fla" não foi além de um empate (1-1) na visita ao Atlético - os golos ficaram a cargo de Wellington Silva e Bruno Henrique - e o "verdão" de Abel Ferreira acabou mesmo derrotado (3-2) em casa diante do Ceará, que venceu graças aos golos de Jorge Moraes e bis de Stiven Mendonza. José Vivian e Gustavo Goméz, de grande penalidade, marcaram pelo Palmeiras.
Paulo Sousa, que chegou ao comando técnico do Flamengo em dezembro depois de deixar a seleção polaca mas tem sido bastante contestado pelos adeptos após perder a Supertaça Brasileira para o Atlético Mineiro nas grandes penalidades e o Campeonato Carioca para o Fluminense, garantiu que, apesar da entrada em falso, gostou do que viu, principalmente "na segunda parte".
"Quando decidiram contratar-me a direção sabia perfeitamente qual a minha forma de trabalhar e por isso aqui estou. Sinto que tenho a confiança da direção. Sabemos perfeitamente o que queremos para este clube e agora há que dar continuidade a tudo aquilo que tem vindo a ser construído. Temos de estar unidos, passar a mensagem de união, de espírito de grupo, fazer por isso, e ser consistentes no trabalho porque acreditamos nele".
Já Abel Ferreira assumiu a culpa pela derrota e deixou críticas à arbitragem.
"Hoje não conseguimos. Não deu. Tenho de dar os parabéns ao Ceará. Jogou de forma muito agressiva, esteve bem e mereceu a vitória. Nós não conseguimos ser o Palmeiras do último jogo tanto a nível mental como a nível físico. Assumo totalmente a culpa pela derrota. Arbitragem? Foi escandalosa! Mas não quero falar sobre isso. Se falar, vou acabar por ser punido e não quero isso. Temos que assumir que o Ceará foi melhor e que hoje não conseguimos".
Vítor Pereira sorri diante de Luís Castro
No jogo entre o Botafogo e o Corinthians, que teve lotação esgotada, foi Vítor Pereira quem acabou por vencer (3-1), no Rio de Janeiro, o duelo entre portugueses. Willian assistiu para o primeiro e terceiro golos da equipa paulista, marcados por Paulinho aos 17 minutos e Lucas Píton, aos 44. O Corinthians, que ainda não contou com Luís Castro no banco devido a um atraso no visto de trabalho, também faturou através de Gustavo Mantuan, aos 26, chegou ao intervalo a vencer por 3-0. Na segunda parte, o "fogão" reduziu aos 66 minutos, com uma grande penalidade convertida por Diego Gonçalves.
Já na conferência de imprensa, Vítor Pereira mostrou-se surpreendido pela paixão dos adeptos e "pediu" tempo para se poder adaptar ao futebol brasileiro.
"Não é fácil. Este campeonato tem uma característica que estou a aprender. Chegamos para jogar contra um Botafogo com 40 mil pessoas em euforia. Em Portugal, só conseguimos isso nos grandes jogos. Aqui já vi várias vezes. O ambiente não é fácil, a competição não é fácil, a sequência de jogos é grande, o espaço entre eles é curto, estou a tentar adaptar-me e a perceber bem as características desta liga para que a equipa se mantenha competitiva", afirmou o ex-treinador do F. C. Porto.