Novo treinador do Corinthians diz estar preparado para a exigência do clube. Claque esteve presente na partida.
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De partida para São Paulo, para assumir o desafio de treinar o Corinthians, Vítor Pereira foi brindado com a presença de adeptos do emblema brasileiro no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, que, num clima de festa, fizeram questão de lhe dar as boas-vindas. Vítor Pereira explicou ter aceite o desafio pelo "ADN um bocado louco" que une treinador e Corinthians, além de ter seguido a própria intuição.
"Quando decido ir para algum projeto sou muito emocional. Às vezes corre bem outras mal, mas faz parte da vida. Só vou porque gosto da pressão, até porque só assim consigo dar o melhor de mim", confessou o técnico, de 53 anos.
Na temporada passada, o "Timão" terminou o campeonato brasileiro no quinto lugar, mas Vítor Pereira não promete títulos, apenas "muito trabalho, dedicação e paixão". Ciente da qualidade da equipa, com nomes como Willian (ex-Chelsea) e Paulinho (ex-Barcelona), a missão prioritária passa por perceber "como tirar o melhor de um plantel experiente e com qualidade".
"Não sou de promessas, mas sim de trabalho. Precisava deste desafio: viagens longas, jogar de três em três dias e ter pouco tempo para treinar vai ser interessante. Agora tenho de perceber qual o jogo que melhor se adapta à equipa", adiantou.
A insistência do presidente do Corinthians, Duílio Alves, foi a chave para garantir esta união, depois de o técnico português ter sido associado ao Everton num passado recente, tendo inclusive estado em Inglaterra durante uma semana em negociações com os ingleses. Com passado no F. C. Porto, onde conquistou dois títulos de campeão nacional, esteve também no Al-Ahli (Arábia Saudita), Olympiacos (Grécia), Fenerbahçe (Turquia), 1860 Munique (Alemanha) e Shanghai SIPG (China). Segue-se o Brasil, onde a língua não será barreira.
"Porto Fiel" dá as boas vindas ao treinador e pede vitórias
À espera de Vítor Pereira estavam oito elementos de uma das claques do Corinthians em Portugal, intitulada "Porto Fiel", que pediram dispensa do trabalho para conhecerem o novo treinador do Timão. Presentearam-no com uma camisola da "torcida", posaram para as fotografias da praxe e desejaram "toda a sorte do mundo" ao novo timoneiro do clube.
O representante dos adeptos, Celso Silva, deu uma ideia do que o técnico português pode esperar quando se estrear na Neo Química Arena. "Se a equipa trabalhar e mostrar raça, vai ser recebido de braços abertos. Caso contrário a "torcida" também vai lá estar para cobrar", disse o porta-voz do grupo de adeptos, que vivem e trabalham em Portugal.