
O Vitória venceu este sábado
Miguel Pereira/Global Imagens
Extremo sai do banco e resolve dérbi, nas compensações. Conquistadores reduzidos a 10 mais de meia hora, depois da expulsão de Alfa Semedo. Braga só se pode queixar de si próprio
O Vitória de Guimarães teve a atitude competitiva desejada por Pepa, igualou o Sp. Braga na entrega e qualidade, e quebrou com o ascendente do rival nos últimos anos, voltando a vencer o clássico do Minho, cinco anos depois. O golo do triunfo (2-1) surgiu na reta final e em inferioridade numérica. De alma renovada, os vitorianos foram mais fortes no primeiro tempo. Dos pés de Tiago Silva surgiu o primeiro lance de perigo, mas Matheus brilhou na baliza. O médio não festejou nesse instante, mas foi dele o cruzamento milimétrico para o golo de Estupiñan, com o colombiano a antecipar-se à defensiva bracarense.
O dérbi foi intenso fora e dentro das quatro linhas e a energia das massas adeptas contagiou as equipas. O Sp. Braga procurou reagir ao golo, procurou ter mais iniciativa e tentou explorar a velocidade de Vitinha. A defensiva local redobrou as cautelas e foi resolvendo com eficácia as investidas contrárias.
Carlos Carvalhal não gostou do que viu e foi célere na resposta, procedendo a uma tripla alteração logo no segundo tempo, com as entradas de Yan Couto, André Horta e Roger. E viu a resposta desejada logo nos primeiros minutos, quando Vitinha foi eficaz no remate à baliza defendida por Bruno Varela. Rochinha teve nos pés uma soberana ocasião para fazer o 2-1, mas foi displicente.
Minutos mais tarde, duro revés para Pepa, com a expulsão de Alfa Semedo. António Nobre mostrou cartão amarelo, mas o videoárbitro corrigiu a decisão e o internacional guineense foi mais cedo para os balneários.
Com os nervos a atingir as equipas, Carlos Carvalhal não facilitou e substituiu o amarelado Bruno Rodrigues. Com menos uma unidade, os vitorianos reorganizaram-se e Pepa foi refrescando unidades. Os arsenalistas procuraram tirar partido da vantagem em campo, mas sem o sucesso pretendido. E do banco vitoriano saiu a solução para o triunfo. Nélson da Luz apareceu solto, não vacilou, e conduziu ao êxtase a massa associativa local.
Sinal Mais
Nélson da Luz é uma jóia para lapidar. Depois de marcar na estreia e no primeiro jogo como titular, o angolano resolveu na estreia nos dérbis minhotos. Bastaram 14 minutos para ser o herói.
Sinal Menos
A entrada de Alfa Semedo poderá não ter sido maldosa, mas foi displicente. O guineense condicionou a estratégia e obrigou os colegas a esforço redobrado. Matheus mal na fotografia em ambos os golos.
Árbitro
Foi rigoroso nos minutos iniciais e, apesar dos nervos em campo e na bancada, foi controlando com tranquilidade o jogo. No lance mais difícil, teve a ajuda do videoárbitro.
Veja o resumo do jogo:
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