Vitória responde a Rui Borges e ânimos ficam ao rubro antes do jogo do título
O Sporting-Vitória de Guimarães do próximo sábado, que pode valer o título aos leões, caso averbem um resultado igual ou melhor do que o Benfica que nesse dia joga em Braga, está a motivar muito ruído, com o técnico Rui Borges no epicentro da discussão.
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Há cinco meses à frente da equipa leonina, após ter iniciado a época no Vitória de Guimarães, a saída do treinador transmontano da Cidade Berço não foi bem aceite por grande parte da massa associativa do clube minhoto, com as picardias entre as partes a reacender a polémica.
Contratado às portas do Natal, Rui Borges custou quatro milhões ao Sporting, valor que estava na cláusula de rescisão e que o Vitória dividiu com o Moreirense, como ficara acordado no verão passado, quando o fora buscar a Moreira de Cónegos.
Ironicamente, o segundo jogo do novo técnico leonino foi logo em Guimarães. Desafio intenso, mudanças constantes, oito golos e empate a quatro! Rui Borges foi mal recebido, assobiado e insultado. No final, não escondeu a deceção: “Foi estranho, não percebo muito bem o motivo de tanto ódio”, disse, lembrando o pagamento da multa rescisória definida.
As duas equipas vão agora reencontrar-se, sendo que há dias Rui Borges reacendeu a polémica, ao questionar os amarelos que Tiago Silva e Telmo Arcanjo tinham visto no jogo do Vitória com o Nacional (32.ª jornada), de forma a cumprirem castigo frente ao Farense e estarem disponíveis na visita ao Sporting, na última jornada da Liga.
Sinal de deselegância
O Vitória de Guimarães não gostou e, em comunicado, exibiu essa insatisfação. “Todos os jogos, todas as competições são importantes para o Vitória, pelo que foi no mínimo uma deselegância que um treinador tenha posto em causa o profissionalismo de dois atletas da nossa equipa e a responsabilidade que têm perante o clube, isto na véspera de um jogo que seria decisivo, frente ao Farense, que acabou por não correr como pretendíamos”, escreveu o emblema minhoto.
O Vitória aproveitou para chamar Hjulmand à discussão, puxando do cartão amarelo que o médio nórdico viu com o Benfica, para a Liga e que o impedirá de alinhar no último jogo da prova, mas escapando a eventual expulsão, que o poderia afastar, no dia 25, da final da Taça de Portugal, com as águias. “Sugerimos que ninguém incorra na insensatez de dizer que Hjulmand, um capitão de equipa sério, comprometido e profissional, terá forçado a amostragem do quinto cartão amarelo no recente dérbi lisboeta para não defrontar o Vitória na última jornada, evitando assim a amostragem de um eventual vermelho que o afastaria automaticamente da final da Taça de Portugal”, referem os vimaranenses.