Guarda-redes do Nottingham Forest, deu uma entrevista de fundo ao jornal helénico "Gazzetta" em que recorda uma passagem de cinco anos pelo clube da Luz, onde ganhou dois campeonatos nacionais.
Corpo do artigo
Vlachodimos começou a época como titular, mas a derrota do Benfica diante do Boavista, no Bessa, onde sofreu três golos, levou o treinador Roger Schmidt a riscá-lo das primeiras opções. De dono da baliza passou diretamente para a bancada e o desfecho terminou com a transferência do guarda-redes grego para o Nottingham Forest, clube da Premier League, sem antes ter ouvido críticas do técnico alemão ao desempenho na primeira jornada do campeonato.
Em entrevista ao jornal grego Gazzetta, o guarda-redes é confrontado com a ideia se sentiu alguma "amargura" por ter saído do Benfica daquela forma. Mas a resposta é clara: "Não. Os cinco anos que lá passei foram fantásticos. Um incidente no final não vai mudar a imagem que tenho do Benfica". Vlachodimos lembra que o clube encarnado ajudou-o "muito" na carreira. "Joguei meus primeiros jogos europeus, ganhei títulos. Isso tornou-me no guarda-redes que sou hoje. Terei sempre o Benfica no coração, assistirei sempre aos seus jogos. Desejo que continuem no caminho do sucesso".
Depois de cinco anos no Benfica, sentiu que estava na hora de dar um novo passo na carreira. "Depois de cinco anos, senti que era a hora de olhar para frente. Pensei que se tivesse a oportunidade de ir para uma liga melhor, iria aproveitá-la. Conquistei muito com o Benfica, ganhei dois campeonatos e duas Supertaças, tornei-me no guarda-redes estrangeiro com mais jogos internacionais nesse grande clube. Tive o maior número de jogos sem sofrer golos das últimas décadas, chegámos duas vezes aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. No entanto, tive a sensação de que tínhamos chegado ao ponto em que dei ao clube tudo o que podia dar e, correspondentemente, ele deu-me tudo o que tinha. Então, quando chegou esta proposta da Premier League, senti que definitivamente queria dar esse passo".
Vlachodimos lembra que tomou "conhecimento do interesse do Nottingham no final de agosto" e logo aí traçou o futuro: "Desde o primeiro momento, foi fácil tomar a minha decisão, tendo em conta que é um clube da Premier League. Também foi decisivo o quanto o clube me queria e aquilo que eu vi no Nottingham Forrest".
Antes de se transferir para Inglaterra, o guarda-redes grego teve em cima da mesa a possibilidade de rumar aos Países Baixos, onde era desejado pelo Ajax. "Na verdade, estive perto de deixar o Benfica no verão de 2022 e ingressar no Ajax. A transferência acabou por não se concretizar, porque o Benfica recusou. Nada mudou para mim, nem pensei muito por não ter ido para Amesterdão. Só estava interessado em que a época corresse bem e o Benfica alcançasse seus objetivos. Acho que e o ano foi ótimo. Quebrei recordes importantes e tudo correu bem. Senti que o clube me queria e isso era o suficiente para mim", adiantou o atual guarda-redes do Nottinham Forrest que se estreou pelo clube inglês no fim de semana, na vitória sobre o Aston Villa, por 2-0.
Vlachodimos lembrou ainda que o melhor jogo que fez pelas águias foi frente ao PSV, a contar para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões. "Se tiver de escolher um jogo, é aquele no contexto dos play-offs da Liga dos Campeões, em casa do PSV Eindhoven, que nos apurámos apesar de termos ficado com dez jogadores. Foi muito importante para o clube, para os adeptos e para nós, jogadores, por vários motivos, estar de volta aos grupos da Liga dos Campeões. Durante esse período houve alguns problemas e com esta qualificação conseguimos voltar à calma e colocar a equipa no caminho que está hoje".