Volta a Portugal regressa ao Algarve

Mauricio Moreira, corredor uruguaio da Glassdrive/Q8/Anicolor sai para a estrada com o objetivo de defender a vitória alcançada, no último ano.

O percurso contempla entre partidas e chegadas, a estreia de Mação no mapa da Volta e o regresso de Ourém (1964), dois concelhos integrados na sub-região do médio Tejo. Após longa ausência, Sines (1981), Anadia (1982), Estremoz (1987), Abrantes (1997), Loulé (2003) e Penamacor (2005) estão também de volta.

A chegada a Loulé, no terceiro dia de prova, marca o regresso dos corredores ao Algarve, depois de, em 2018, Ricardo Stacchiotti (MsTina-Focus) ter vencido em Albufeira.

Os pontos altos sucedem na Torre (quinta etapa), em Montalegre (sétima), na Senhora da Graça (nona) e no contrarrelógio final, em Viana do Castelo.

Joaquim Gomes, vencedor da Volta a Portugal em 1989 e em 1993 e atual diretor da prova, destacou Viseu como uma das âncoras da prova. “Desde 2003 é uma das principais cidades da volta, que arranca precisamente na cidade. Será uma luta entre os melhores contrarrelogistas e já irá marcar algumas diferenças na classificação”, salientou.

A primeira semana terá pontos altos. “Os velocistas terão oportunidade de mostrar o seu valor e o regresso a Loulé é simbólico, já que o Louletano cumpre 100 anos. Há a passagem pela Covilhã, na Torre, e muito certamente os melhores corredores já ocuparão os primeiros lugares na tabela”.

A última semana será a das decisões. “A dificuldade do percurso pode colocar à prova os corredores que não reagem bem ao dia de descanso, que será na Guarda. Além disso, tenho enorme expetativa sobre a etapa de Montalegre e há a subida para o Alto da Senhora da Graça, que concorre para o título de etapa rainha. No último dia, revelo em primeira mão, o Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, vai receber o palco vencedor”, explicou.

Presente no evento, o ciclista Mauricio Moreira salientou a vontade de vencer novamente em Portugal. “No ano passado, foi uma alegria e um orgulho enormes vencer a Volta, que é conhecida em todo o Mundo. Quero tentar ganhar outra vez, vamos dar tudo, tanto eu como a equipa”.

Por seu lado, Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, abordou o tema do doping. “Foram testados 277 corredores fora da competição, é algo que prestigia o ciclismo português. Há investimento de todos, incluíndo das equipas, no passaporte biológico”.

No geral, a competição conta com cerca de 130 ciclistas, distribuídos por 19 equipas, entre quatro da Pro Team e 15 continentais.

Eis as formações:

Caja Rural – Seguros – RGA (Espanha)

Burgos – BH (Espanha)

Equipo Kern Pharma (Espanha)

Euskaltel – Euskadi (Espanha)

Bike Aid (Alemanha)

BAI Sicasal Petro de Luanda (Angola)

Universe Cycling Team (Países Baixos)

Trinity Racing (Inglaterra)

Team Voralberg (Áustria)

Global 6 Cycling (Nova Zelândia)

Glassdrive/Q8/Anicolor (Portugal)

Kelly Simoldes Udo (Portugal)

Efapel Cycling (Portugal)

ABTF Betão-Feirense (Portugal)

AP Hotels Resorts/Tavira/Farense (Portugal)

Credibom/LA Alumínios/Marcos Car (Portugal)

Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua (Portugal)

Rádio Popular-Paredes-Boavista (Portugal)

Aviludo-Louletano-Loulé Concelho (Portugal)

ETAPAS:

Prólogo (09/08) – Viseu-Viseu (3,6 km)

1.ª etapa (10/08) – Anadia-Ourém (188,5 km)

2.ª etapa (11/08) – Abrantes-Vila Franca de Xira (177,3 km)

3.ª etapa (12/08) – Sines-Loulé (191,8 km)

4.ª etapa (13/08) – Estremoz-Castelo Branco (184,5 km)

5.ª etapa (14/08) – Mação-Torre (184,3 km)

6.ª etapa (15/08) – Penamacor-Guarda (168,5 km)

16/08 – descanso na Guarda

7.ª etapa (17/08) – Torre de Moncorvo-Montalegre (162,6 km)

8.ª etapa (18/08) – Boticas-Fafe (146,7 km)

9.ª etapa (19/08) – Paredes-Mondim de Basto (Senhora da Graça) (174,5 km)

10.ª etapa (20/08) – Viana do Castelo-Viana do Castelo (16,3 km)