Marrocos, Portugal e Espanha, países que vão organizar o Campeonato do Mundo de Futebol FIFA 2030, apresentaram, esta terça-feira, os pilares da candidatura e a visão que orienta o projeto desenvolvido por estes três países, que se traduz na identidade visual com que se apresentam ao mundo.
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Num evento que decorreu na Cidade do Futebol, em Oeiras, foi revelado o logótipo da prova, que tenta representar os elementos-chave dos três países organizadores: o sol, o mar e o futebol como denominador comum. O slogan – YallaVamos – remete para a ambição de inovar e de organizar um Mundial que a história recorde não apenas por ser o melhor de sempre, mas por ser aquele que definiu novos padrões para o futuro da competição.
É objetivo da candidatura estabelecer novos padrões a nível ambiental de forma que o Mundial 2030 tenha o menor impacto da sua história e que as suas práticas prevaleçam no futuro da competição.
A candidatura anunciou também os seus primeiros “embaixadores”, onde constam nomes como Luís Figo, Andrés Iniesta e Nourredine Naybet, referências incontornáveis em cada um dos seus países, bem como os capitães das respetivas seleções masculina e feminina: Cristiano Ronaldo, Dolores Silva, Álvaro Morata, Irene Paredes, Achraf Hakimi e Ghizlane Chebbak. Emmanuel Adebayor também foi apresentado como embaixador da candidatura para África.
De acordo com o Regulamento da FIFA, a próxima etapa neste processo passa pela apresentação formal do dossiê de candidatura, já no próximo mês de Julho. A decisão final, que confirmará a sede do Campeonato do Mundo em 2030, será votada no Congresso da FIFA, no último trimestre deste ano.
“Num mundo em rápida e profunda transformação, o futebol não pode ficar para trás. Tem de manter a sua essência, mas acompanhar a mudança, evoluir, inovar, nomeadamente a nível ambiental. O Mundial de 2030 será, por isso, a conjugação da memória da competição, com a renovação e a invenção do futuro! Esse é o nosso desafio!” afirmou o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, refletindo sobre o contributo e o legado que espera que o Mundial 2030 deixe não apenas no que ao futebol diz respeito. “O futebol será o que nós façamos dele! Temos obrigação de cuidar dele e dar-lhe um sentido que inspire todos e não apenas o “mundo” do futebol”, concluiu.
O presidente da Federação Real Marroquina de Futebol, Fouzi Lekjaa, destacou tratar-se de um dia “que constitui um marco na candidatura histórica dos nossos três países. Todos trabalhamos arduamente no desenvolvimento de um caderno de encargos técnico sólido e estamos ansiosos por poder anunciar mais detalhes sobre os nossos planos nos próximos meses".
Fernando Sanz, membro do Comité de Candidatura, em representação do presidente da Comissão de Gestão da Real Federação Espanhola de Futebol, Pedro Rocha, recordou que Espanha organizou o Campeonato do Mundo de1982 e que agora, 42 anos depois, o país "junta-se a dois países vizinhos com os quais queremos construir um Campeonato do Mundo cuja memória perdure por várias gerações".