<p>Final da primeira volta da Liga, 15.ª jornada e 11.ª vitória do Braga. Golos de Vandinho e Leone bateram o Nacional (2-0) e mantêm a equipa minhota na liderança do campeonato, após exibição tranquila. O Braga tem estofo de campeão.</p>
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Na noite gélida da pedreira, o Nacional viu-se a perder com um golo a frio, logo ao terceiro minuto. De um livre cobrado desde a esquerda, o pé esquerdo de Hugo Viana colocou a bola no barulho, onde Vandinho, sem oposição e com toda a defesa madeirense a ver, cabeceou para o fundo das redes. O lance foi a ilustração do que seria o resto do jogo.
Talvez tolhida pelas agruras do termómetro, a equipa do Nacional pouco fez para se opor ao melhor jogo do adversário. E raramente mostrou competência para poder incomodar a defesa minhota. O Braga construiu jogo e oportunidades de golo suficientes para resolver a questão bem antes do intervalo. O excelente guarda-redes do Nacional, Bracalli, não levou frio.
Perante oposição tão macia, o Braga dominou completamente a partida. O virtuosismo de Hugo Viana, o ioiô de Mossoró e os raides de Alan levaram o pânico à defesa contrária. Meyong e o mesmo Mossoró falharam o 2-0 na cara de Bracalli. E quando não foi a aselhice, foi Bracalli a impedir mais estragos, com defesas milagrosas a remates de Viana e de Filipe Oliveira.
Nas bancadas, 8299 adeptos deliciaram-se com o jogo da equipa de Domingos, mas contorceram-se com o desperdício de tantas jogadas destinadas a golo. E a reles ironia da bola só não se verificou porque um remate de Rúben Micael, em cima do intervalo, passou a zunir pela barra da baliza de Eduardo. Foi só um susto para o guarda-redes do Braga.
Veio o segundo tempo e com ele um Nacional um pouco mais expedito. Mas um remate de Rúben Micael foi o canto do cisne. Logo a seguir, o Braga matou o jogo. Após brilhante jogada pela direita e depois de um cruzamento de Filipe Oliveira (ninguém se lembrou de João Pereira...), Bracali ainda defendeu um cabeceamento de Moisés, mas nada pôde evitar a recarga fatal de outro central, Leone (55 m).
O Nacional bem tentou chegar ao golo de honra, mas pareceu sempre uma varejeira a investir contra a vidraça. E mais ainda após a expulsão de Salino, com dois amarelos. Vermelho vivo foi o da festa nas bancadas, que quase celebravam o terceiro, num tiro de Viana reflectido pelo poste.