Jorge Jesus, que não esteve no banco, idealizou uma revolução, mas teve de socorrer-se dos pesos pesados para garantir apuramento. Covilhã jogou com dez quase 50 minutos.
O Benfica venceu o Covilhã por 3-0, esta quarta-feira, na Luz, e selou o apuramento para a "Final Four" da competição. Jorge Jesus, que não esteve no banco, impôs uma revolução no onze - só Seferovic se manteve -, mas foi forçado a chamar os pesos pesados, essencialmente Rafa e Darwin, para cumprir a missão de colocar a equipa na fase final.
Até esse momento, as águias foram um conjunto com pouca sintonia ofensiva e individualista. Sem a lição de campo bem estudada, começaram a derrubar a muralha serrana num lance de laboratório e aproveitaram a presença dos titulares, já na segunda parte, para dar a estocada num adversário em inferioridade numérica desde os 39 minutos.
Apresentando muitas unidades com pouca rodagem - estreia absoluta de Tomás Araújo - e sem ligação entre os setores, os encarnados assumiram a iniciativa, mas foram, essencialmente, uma equipa confusa e sem harmonia nas ações atacantes.
Gil Dias e Taarabt destacaram-se no plano ofensivo, mas até foi o Covilhã a criar as primeiras oportunidades, salvas por Helton Leite e a barra da baliza à guarda do brasileiro.
Com dificuldade na lição prática, a formação da Luz revelou-se, no entanto, exímia numa bola parada - livre para figurar na galeria dos compêndios do jogo - e chegou à vantagem, por Seferovic. Mais tranquila, viu Gonçalo Ramos desperdiçar uma chance clara. E recebeu o bónus de ficar em vantagem numérica ainda na primeira parte depois de um intempestivo Tembeng pisar Everton.
Com o objetivo em aberto, os encarnados lançaram primeiro Darwin e Rafa, ao intervalo, e depois Yaremchuck (65 m), perante um Covilhã já sem disponibilidade para contra-atacar.
A entrada do extremo alterou a velocidade e intensidade da equipa, que, apesar não melhorar a sincronização das ações, ganhou muito peso no ataque e acabou por atingir a meta proposta, com dois golos de Darwin. Primeiro na marcação de um penálti, criado por Rafa, e depois com a ajuda de Léo, que errou na abordagem ao remate do uruguaio.