"Era suposto conquistar o mundo". Ginasta de 11 anos morre soterrada na Ucrânia
Katya Dyachenko, de apenas 11 anos e considerada uma das grande promessas da ginástica rítmica ucraniana, morreu em Mariupol depois de um míssil russo atingir a habitação onde ela morava.
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A invasão militar russa continua a fazer um número de vítimas sem precedentes e, em Mariupol, uma das cidades mais afetadas, Katya Dyachenko de apenas 11 anos, perdeu a vida sob os escombros da própria casa. A jovem ginasta, vista como uma das maiores promessas da ginástica rítmica depois de nomes como Anna Bessonova, a atleta com mais medalhas de sempre em Mundiais ou Ganna Rizatdinova, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, não resistiu depois de a casa onde morava ser atingida por um míssil russo.
A morte da jovem atleta foi confirmada por Anna Purtova, membro do Parlamento da Ucrânia e chefe da delegação permanente na Assembleia Parlamentar da Organização de Cooperação Económica do Mar Negro. "Esta é a nossa ginasta Katya Dyachenko. Ela tinha 11 anos. Morreu debaixo dos escombros da sua casa em Mariupol quando um projétil russo a atingiu durante o dia. Ela poderia ter tido um futuro brilhante à sua frente como jovem campeã ucraniana. Mas, num segundo, desapareceu", escreveu nas redes sociais.
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O pai de Dyachenko também não resistiu, enquanto a mãe e o irmão sobreviveram. "Uma das bombas atingiu a casa onde estava a Katya, a mãe, o pai e o irmão. A Katya e o pai levaram com um teto que caiu em cima deles e tiveram morte imediata, a mãe viu tudo. A mãe e o irmão dela sobreviveram e foram levados para o último hospital que ainda existe em Mariupol. A Katya era uma ginasta que trabalhava muito, que foi a várias competições e que ganhava medalhas. Tinha muito talento e um dia podia ter sido uma campeã olímpica. O clube onde treinava dizia isso, que era uma super ginasta e muito apaixonada pelo que fazia", contou Lidia Vynogradna, que era oficial da Federação de Ginástica da Ucrânia.
Katya Dyachenko conquistou vários títulos a nível nacional nos respetivos escalões e também a treinadora, Anastasia Meshchanenkov, não escondeu a tristeza e a revolta pelo desaparecimento da jovem ucraniana.
"Era suposto conquistar o mundo, mas morreu enterrada em escombros. Ela deveria trazer sorrisos ao mundo. Que culpa têm as crianças?", disse a técnica, citada pelo jornal "AS".