Miguel Mota é um dos nomes que ficará para sempre na memória do futsal português. Jogador de processos simples e requintados, espalhou classe com a camisola do Miramar e Freixieiro, mas foi na seleção nacional que assinou, em letras douradas, um lugar na história.
Corpo do artigo
O terceiro lugar conquistado por Portugal no Mundial de 2000, na Guatemala, marcou um virar de página na modalidade e foi, até à recente conquista do Europeu, o maior feito alcançado pelas quinas.
"Sinto um enorme orgulho na carreira que fiz. Joguei em dois dos melhores clubes portugueses, conquistei títulos, estive num Europeu e num Mundial. Foi fantástico", recorda Miguel Mota, elegendo a medalha de bronze ganha na Guatemala como o ponto marcante do percurso como jogador, que terminou há oito anos. "Foi como se tivéssemos sido campeões do Mundo. Era algo inimaginável e permitiu que as pessoas e a própria Federação olhassem para o futsal de forma diferente. Foi o ponto de viragem", considera.
Miguel Mota contrariou a tendência da maior parte dos futsalistas e fez carreira em apenas dois clubes. "Nunca fui apologista de mudanças. Estive no Miramar com o falecido José Manuel Leite, um dos maiores impulsionadores do futsal, e depois concretizei o desejo de jogar no Freixieiro, que sempre me despertou interesse", recorda Miguel Mota, que está de regresso ao clube de Matosinhos, como treinador. "Estou no sítio que queria estar".
Passe Curto
Nome: Luís Miguel Fraga de Magalhães Mota
Naturalidade: Massarelos (Porto)
Idade: 43 anos (14-09-1974)
Clubes que representou: Miramar e Freixieiro
Principais títulos: Três campeonatos, três taças e duas supertaças de Portugal. Medalha de bronze no Mundial de 2000