Hóquei Clube da Maia atrai cada vez mais jovens. Falta de espaço para treinar é um problema.
Corpo do artigo
As paredes do Pavilhão Municipal Nortecoope contam histórias. Aqui, neste rinque criado para a prática do hóquei em patins, várias gerações honraram as cores do Centro Desportivo Nortecoope de stique na mão. E foi desta paixão que o tempo não desvaneceu que surgiu o Hóquei Clube da Maia. Carlos Pereira, Daniel Miranda e Paula Castro são os impulsionadores de um projeto que tem atraído cada vez mais jovens para a modalidade. "Começámos por levar a patinagem às escolas. A aceitação foi tão grande, que decidimos pensar mais além. A Câmara aceitou o nosso projeto e avançámos com confiança", começou por dizer Carlos Pereira, coordenador da formação do clube, e ex-atleta do extinto CD Nortecoope.
Agradecer à comunidade
Do sonho à realidade, o caminho foi curto. Em 2014, a cidade da Maia voltou a contar com um clube de hóquei em patins. Seguiu-se uma ascensão degrau a degrau que continua a evoluir de forma positiva. "Tem sido um processo trabalhoso e complicado. Tudo isto só é possível graças a uma comunidade que adora este desporto e decidiu contribuir de forma totalmente voluntária", começou por dizer Daniel Miranda, presidente do Hóquei Clube da Maia.
Em cinco anos de existência e quatro em competição, os maiatos já contam com 130 atletas, divididos pela academia de patinagem, benjamins, escolares, sub-13, sub-15, mas também pela patinagem artística. "O facto de sermos o único clube de hóquei em patins na cidade da Maia faz com que a procura seja muita", disse Daniel Miranda. Uma realidade que em certa medida levanta outras preocupações. "Temos pouco tempo de treino disponível porque partilhamos este pavilhão com uma equipa de basquetebol. Chegamos a ter 20 miúdos a treinar durante uma hora dentro do mesmo espaço. Preocupa-nos o facto de não podermos ter mais escalões e proporcionar aos atletas uma continuidade no clube por não possuirmos espaços para realizar os treinos. É algo que precisamos de melhorar, mas que não depende só de nós", afirmou Daniel Miranda.
Ter todos os escalões
Mesmo assim, no desporto, tal como na vida, a paixão pode servir de combustível para as batalhas mais duras. Apesar das dificuldades, os maiatos acreditam que o projeto se vai desenvolver de forma cada vez mais consistente. "No futuro queremos ter todos os escalões. Tudo isto poderá servir numa perspetiva de sustentabilidade da equipa sénior. Queremos proporcionar bons momentos a todos os miúdos que nos procuram", revelou Carlos Pereira.
BI
Hóquei Clube da Maia
Fundação: 2014
Atletas na formação: 130
Treinos: de segunda-feira a sábado
Horários: das 18 às 21 horas
Mensalidade: 25 euros