Verão à porta, alma renovada e os adeptos à espera das grandes contratações para 2019/20.
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O mercado obriga os clubes a abrir os cordões à bolsa para garantir os melhores reforços e há custos associados que vão muito além do valor atribuído a cada jogador.
Um bom exemplo disso são as comissões pagas a intermediários e empresas de agenciamento. Nas últimas quatro épocas, e segundo dados divulgados pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), os três grandes gastaram 156,1 milhões de euros em comissões. É uma fatia considerável e que tem peso no orçamento e relatórios anuais.
Nesse lote, a maior contribuição é dada pelo Benfica, que já gastou 79,6 milhões de euros no período em análise. Porém, nos últimos dois anos, as águias até conseguiram diminuir esses custos, tendo gasto 17,9 milhões na época passada, menos 3,7 milhões do que no ano anterior. O maior fluxo registou-se em 2016/17 quando os encarnados desembolsaram mais de 30 milhões para cumprir os compromissos com os intermediários, a definição correta para apelidar os empresários, o termo que continua a dominar no léxico futebolês.
Neste ranking, o F. C. Porto surge no segundo lugar da lista, com um gasto de 42,7 milhões nos últimos quatro anos. Em 2015/16, os dragões até estiveram na frente desta amarga corrida, com uma despesa de 11,8 milhões, mais 1,8 milhões de euros que o Benfica.
O fair play financeiro obrigou a SAD portista a ter maior contenção nas contratações e nas duas épocas seguintes não ultrapassou os 10 milhões, mas, no último ano, a cifra já superou os 16 milhões. Neste último exercício, constam, por exemplo, as renovações de Marega e Iker Casillas, num total de 38 transações.
O Sporting também reduziu os pagamentos de comissões. Segundo a FPF, os leões baixaram 4,5 milhões na última época, atingindo os 10,2 milhões, depois de 14,7 em 2017/18. Neste números, já se incluem as renovações com Bruno Fernandes e Bas Dost.
Na lista de intermediários e transações, a empresa Gestifute, do superagente Jorge Mendes, é uma das que efetuaram negócios com os grandes no último ano, tendo estado envolvida nas transferências de Boly (Wolverhampton) e Pepe (chegou em janeiro à Invicta), isto em relação ao F. C. Porto, e nas vendas de João Carvalho (Nottingham Forrest) e Raúl Jiménez (Wolverhampton), no que diz respeito ao Benfica.
V. Guimarães pagou três milhões no último ano
Nos números divulgados pela FPF, o Vitória de Guimarães surge como o quarto clube que gastou mais em comissões na última época, com um valor de 3,1 milhões de euros, mais dois milhões que o Braga (1,1 milhões). Neste duelo entre os rivais do Minho, o Braga gastou mais, na soma dos últimos quatro anos, atingindo os 11,4 milhões. Nesse período, o V. Guimarães ficou-se pelos dez. Uma curiosidade: Moreirense, Portimonense e Feirense foram os clubes da Liga, em 2018/19, que não pagaram comissões.