
O presidente da Federação Ucraniana de Futebol, Andriy Pavelko
REUTERS/Valentyn Ogirenko
Andry Pavelko, o controverso presidente da federação ucraniana, obteve da UEFA um "empréstimo" de quatro milhões de euros para, oficialmente, apoiar e desenvolver projetos para a juventude ucraniana. O dinheiro teve outro destino e até lhe valeu uma comissão pessoal.
De acordo com uma investigação da revista helvética "L"Illustré", os quatro milhões de euros "emprestados" pela UEFA deram oficialmente entrada nos cofres da Federação Ucraniana de Futebol (FFU), mas foram utilizados na construção de uma fábrica de relva artificial.
O esquema, denunciado por aquela publicação helvética e que faz lembrar as práticas atribuídas ao ex-presidente da FIFA, Joseph Blatter, levou a federação ucraniana dirigida por Andry Pavelko a assinar um contrato com uma empresa sediada nos Emirados Árabes Unidos, a SDT-FZE.
O contrato foi assinado a 2 de novembro de 2017 e a federação ucraniana procedeu diretamente ao pagamento àquela empresa que estava sob o controlo do próprio Pavelko através de Yuriy Zapisotskyi, o secretário-geral da federação ucraniana. Pelo caminho, Pavelko obteve em nome pessoal uma comissão de 20%.
Pavelko, advogado, homem político e deputado num dos países mais corruptos da Europa, é também membro do Conselho de Disciplina da FIFA, presidente da Federação Ucraniana de Futebol (FFU), e administrador da UEFA Events SA em Nyon, na Suíça.
Um acumular de postos influentes que parece não incomodar todas as instâncias do futebol europeu e mundial, incluindo o presidente da FIFA, Gianni Infantino, que dizia promover a transparência para acabar com a corrupção do passado.
