
Ricardo Sá Pinto
André Vidigal / Global Imagens
Alexandre Carvalho, passageiro do voo FR5487 do qual o treinador do Braga foi expulso, afirma que o chefe de cabine foi "altivo, arrogante e provocador" e que vários outros passageiros estarão disponíveis para serem testemunhas abonatórias do ex-futebolista, que já se encontra em casa com a família. Este sábado, orientará, como estava previsto, o treino dos arsenalistas.
"O problema começou com o chefe dos assistentes de cabine, que, por sinal, era bastante arrogante e falava com modos bruscos para os passageiros. A mim, inclusive, disse-me num tom bastante rude que eu tinha de tirar os auriculares. Com o Sá Pinto fez o mesmo quando foi altura de ele colocar a mala [no compartimento superior] e noutra situação quando ele [Sá Pinto] foi cumprimentar alguém", referiu Alexandre Carvalho, num ficheiro áudio a que o JN teve acesso.
O passageiro do voo da Ryanair admitiu que o treinador do Braga se exaltou, mas que não terá faltado ao respeito ao comissário de bordo: "Quando o Sá Pinto estava com a perna esticada, mandou-o, de forma bastante desagradável, recolher a perna. O Sá Pinto exaltou-se um pouco, mas nunca o tratou mal. Falou alto, exaltou-se..."
"Parece-me que a situação foi agravada pela atitude do assistente de bordo, que tem responsabilidade para com os passageiros e não tentou, de forma alguma, apaziguar. Pelo contrário. Manteve um ar altivo, arrogante, provocador até... tanto que as pessoas que estavam ao lado do Sá Pinto, e depois de a Polícia chegar, ofereceram-se de imediato para serem testemunhas abonatórias", acrescentou Alexandre Carvalho.
"Inclusive, [o assistente de bordo] disse ao Sá Pinto que ele, ali dentro, não era ninguém. Foi bastante desagradável", concluiu a testemunha.
