Pedro Sousa, jogador do Dínamo Sanjoanense, deu uma autêntica lição de fair-play e abdicou de marcar um golo depois de ver o guarda-redes adversário caído no chão. Gesto valeu-lhe um cartão branco.
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Começou cedo a jogar futsal, muito também influenciado pelo irmão, e foi depois de um torneio que começou a jogar à séria, ao ter chamado a atenção do Freixieiro, clube que ainda por cima ficava perto de casa. Hoje, Pedro Sousa tem 33 anos, uma carreira já longa que contou com passagens por equipas como Leça, Nogueirense, Farlab, Boavista ou Futsal Azeméis e este fim de semana acabou por dar uma autêntica lição de fair-play e mostrar que nunca é tarde para fazer a diferença.
No jogo de sábado, no jogo em Estarreja com o Saavedra Guedes, para a 2.ª divisão nacional de futsal, o jogador do Dínamo Sanjoanense abdicou de marcar um golo depois de ver o guarda-redes da equipa adversária, Flávio Tavares, caído no chão, após uma queda aparatosa quando pretendia iniciar um lance de contra-ataque. Apesar do ambiente do jogo, que estava renhido, e com grande animação nas bancadas, Pedro decidiu atirar a bola para fora.
"Tinha a noção que era uma grande oportunidade para nós. Mas não ia aproveitar a infelicidade de um colega para marcar um golo. Pareceu-me que não era uma lesão normal. Não vale tudo para ganhar e voltava a fazer o mesmo de forma consciente. Os valores do desporto são os de companheirismo e de "fair-play", disse Pedro Sousa ao JN, não escondendo a surpresa quando foi chamado pelo árbitro.
"Quando ele me chamou, fiquei surpreendido porque não tinha feito nada de mal. Depois, mostrou-me o cartão branco e fiquei surpreendido. Fiquei contente, porque tive uma atitude correta e voltaria a repeti-la. O cartão branco é importante porque ajuda a destacar as boas atitudes do desporto. Ajuda a mostrar o lado bonito", acrescentou.
O jogo terminou com um triunfo por 2-1 do Dínamo Sanjoanense. Mas, no fim, foi o que menos interessou.