
O Sporting venceu o Benfica este sábado
Álvaro Isidoro / Global Imagens
Sporting foi melhor em toda a linha e conquistou a quarta Taça da Liga, a segunda consecutiva da equipa de Alvalade e a terceira seguida de Ruben Amorim. Magia de Everton ainda fez sonhar a águia
Um Sporting mandão, dono da bola e senhorial venceu o Benfica com uma reviravolta (2-1), conquistando a quarta Taça da Liga nos últimos cinco anos. Um triunfo justo da equipa mais forte em toda a linha. Mesmo a viver um momento de alguma intranquilidade, face aos últimos resultados na Liga, a formação de Ruben Amorim mostrou que tem mais soluções coletivas, processos totalmente consolidados e que está num plano bem distinto do eterno rival.
A magia de Everton ainda adiantou as águias no marcador e conseguiu disfarçar, por momentos, a diferença entre as equipas. Mas a persistência do campeão nacional acabou por impor a lei do mais forte.
No meio de um processo após a saída de Jorge Jesus, as águias procuram nova identidade, mas parecem para já em clara marcha atrás. Ameaçam jogar, pressionar, mas na hora da verdade revelam-se um conjunto acanhado, tímido e impotente para lidar com o rival.
O leão assumiu a iniciativa e pressionou a águia de forma convicta, impedindo-a de sair a jogar. Já os encarnados, mais na expectativa, tentavam copiar o rival, mas hesitavam no processo e eram ineficientes. A diferença de capacidade permitia ao leão tornar-se dono da bola e progredir sem resistência até à área contrária. Aí, no entanto, era pouco incisivo.
As águias conseguiram sacudir um pouco a pressão e foram terrivelmente eficazes. Everton concluiu de forma felina e artística uma boa jogada de Morato. Em desvantagem, o Sporting manteve os processos e o domínio. Inácio, num canto, fez brilhar Vlachodimos e Sarabia enviou a bola à barra, num lance cortado em fora de jogo, mas duvidoso.
As águias surgiram aparentemente com mais confiança na segunda parte, mas ainda antes de se definir uma tendência o leão empatou por Gonçalo Inácio. O golo deu tranquilidade ao Sporting, mas aqueceu o duelo com algumas picardias.
Apesar do aparente equilíbrio, o leão pareceu sempre mais à vontade num jogo que poderia decidir-se nos bancos. E aí provou-se que as diferenças são evidentes. Porro ligou o turbo e lançou o pânico logo na primeira jogada e Paulinho levou a bola à barra após nova descida do corredor direito. Gonçalo Ramos e Gil Dias, do lado contrário, não melhoraram o cenário. O defesa espanhol descobriu o compatriota Sarabia, num passe longo, e avançado selou a justa reviravolta.
Mais: Pedro Porro voltou aos relvados para desequilibrar na segunda parte e Gonçalo Inácio abriu caminho à reviravolta. A magia de Everton ainda fez sonhar o Benfica.
Menos: Lázaro e Morato demoraram uma eternidade a reagir à movimentação de Sarabia no golo. O brasileiro terá a seu favor o facto de estar aparentemente com problemas físicos.
Árbitro: Decidiu bem não sancionar um lance duvidoso de Grimaldo sobre Pedro Porro na área encarnada.
Veja o resumo do jogo:
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