Petit, treinador do Boavista, afirmou que os axadrezados precisam "de ter bola" para retirar o Benfica da zona de pressão. Técnico prevê um jogo "extremamente difícil", mas quer dar uma resposta positiva.
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"Neste momento, teremos de ter bola para jogar contra o Benfica, retirá-lo um pouco das suas zonas de pressão e entrar em zonas nas quais poderemos criar perigo. Foi a partir desse contexto que trabalhámos esta semana. Sabemos do favoritismo do Benfica, mas somos o Boavista e queremos discutir o jogo. O pensamento nesta casa passa sempre por trabalhar para conquistar os três pontos", referiu Petit, em conferência de imprensa.
Depois de terem iniciado o campeonato com triunfos sobre Portimonense (1-0) e Santa Clara (2-1), os axadrezados perderam no terreno do Casa Pia (0-2), saindo penalizados com "uma primeira parte de pouca intensidade e completamente diferente da segunda".
"Analisámos aquilo que não nos correu tão bem, mas trabalhámos da mesma maneira e queremos mostrar uma boa atitude face ao jogo passado. Encontraremos um adversário complicado, que atravessa um bom momento e tem uma mentalidade e forma de jogar completamente diferente da época anterior: pressiona alto, é agressivo no portador da bola, entra muito forte nos primeiros minutos e cria diversas situações de golo", projetou.
Prevendo um jogo "extremamente difícil", Petit quer ver o Boavista "com personalidade" para "dificultar ao máximo essa entrada" em campo do Benfica, que segue vitorioso em todas as provas sob o comando de Roger Schmidt, com seis vitórias em outros tantos desafios, e que garantiu esta semana a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões.
"É um Benfica com ideias diferentes e um pouco daquilo que apanhei na Alemanha como jogador [ao serviço do Colónia]. O seu treinador gosta de pressão alta e futebol apoiado, constrói muito com os centrais e os médios, coloca muita gente no jogo interior, dá mais profundidade e largura com os laterais e tem algumas permutas interessantes na parte ofensiva. Muitas vezes, o Benfica tem desbloqueado os jogos através das bolas paradas. Respeitando o seu bom momento, queremos voltar às boas exibições e aos pontos", reiterou.
O guarda-redes e capitão brasileiro Rafael Bracali juntou-se a Ricardo Mangas, Miguel Reisinho, Luís Santos e ao gambiano Yusupha no boletim clínico do Boavista, que, pela segunda semana seguida, estará desfalcado do argelino Yanis Hamache, desta vez por opção técnica, dias depois de ter visto 'cair' a sua saída para os ucranianos do Dnipro.
O brasileiro Robson Reis, cuja indisponibilidade aquando do desaire perante o Casa Pia se deveu ao atraso no envio do respetivo certificado internacional para a Liga de clubes, "pode ser opção", ao passo que o também reforço nigeriano Onyemaechi já foi inscrito.
O Boavista, terceiro colocado, com seis pontos, em três jogos, recebe o Benfica, quarto, com idêntica pontuação, em dois, no sábado, a partir das 18 horas, no Estádio do Bessa.