Presidente portista diverte-se com quem tenta "enterrar" os dragões no defeso.
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Na página que assina mensalmente na revista "Dragões", Pinto da Costa abordou as movimentações do mercado, escrevendo que o F. C. Porto é sempre criticado pelo que faz nos defesos, mas depois, "nos campeonatos a sério", ganha "mais do que os outros".
"Chegados a este verão, em condições normais, diríamos que existe uma equipa que se encontra numa situação desportiva em que todas as outras gostariam de estar: é campeã nacional, venceu a Taça de Portugal, vai disputar a Supertaça, está qualificada para a Liga dos Campeões e vai ser cabeça de série na competição de clubes mais importante do mundo. Essa equipa é o F. C. Porto, o campeão que interessa. As outras são descampeãs", sublinhou o presidente do F. C. Porto.
"Mas o verão é longo e a lata de alguns é tão grande que não têm problema nenhum em tentar virar a realidade ao contrário. Para esses, neste momento o F. C. Porto já é descampeão, porque alegadamente está a perder, como perde sempre, para eles, o 'campeonato' do mercado", acrescentou.
"Para quem procura ver as coisas como elas são, o F. C. Porto é um exemplo por ter um modelo de negócio claro há muitos anos: formar ou comprar barato e depois tentar vender caro. É claro que nem sempre todos os negócios correm bem, nem todas as apostas se revelam acertadas, mas o balanço é largamente positivo. Isto, claro, é o que consegue ver quem olha para o futebol português sem o interesse em transformar campeões em descampeões", refere ainda Pinto da Costa.
"Esta história é muito longa, mas basta recuarmos aos últimos cinco anos. Desde que temos Sérgio Conceição como treinador, o F. C. Porto nunca foi campeão da 'silly season' e foi sempre atacado pelos mesmos e com os mesmos argumentos: vendia mal, contratava mal e tinha um plantel com pouca qualidade, enquanto os rivais de Lisboa estavam prontos para temporadas extraordinárias. No final dessas épocas, o F. C. Porto ganhou mais vezes do que os outros e ganhou o que interessa: o campeonato a sério, que dá uma taça verdadeira, daquelas que vão para os museus", salientou.
"É por isso que encaro o presente com otimismo e até com algum divertimento. Enquanto muitos se distraem a enterrar-nos, vamos trabalhando para conseguir daqui a um ano o que conseguimos ainda há um mês. E para que voltem a fazer de nós descampeões, mesmo sendo campeões", concluiu.