Cerca de 11 mil funcionários das unidades alemãs do fabricante aeronáutico europeu Airbus entraram em greve, esta sexta-feira, após o fracasso das negociações com a administração sobre novas condições laborais. A notícia foi anunciada pelo sindicato IG Metall.
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O processo de negociação entre os representantes sindicais e a administração da Airbus sobre um novo "pacto para o emprego" decorre há cerca de um ano e meio. O sindicato exige, entre outros aspectos, que os funcionários da empresa sejam consultados sobre o recurso a trabalhadores temporários e sobre as medidas para melhorar a produtividade.
Os plenários de trabalhadores foram organizados em Bremen, Buxtehude, Stade e Hamburgo, onde cerca de oito mil trabalhadores abandonaram o local do trabalho, referiu o IG Metall.
O líder do sindicato, Meinhard Geiken, pediu à administração do fabricante aeronáutico para regressar à mesa de negociações com "propostas construtivas". Por sua vez, a administração da Airbus afirmou não compreender a posição dos trabalhadores e do sindicato, garantindo que a sua proposta foi "a melhor possível".
"Oferecemos uma garantia de emprego para os próximos nove anos e é isso que queremos em troca de uma melhoria da produtividade", disse o porta-voz da Airbus, Florian Seidel, acrescentando que a administração pretende que as negociações sejam retomadas "dentro dos próximos dias".