
Remontamos à Era Dourada dos anos 50 para relembrar a construção do Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão. Agora, já no século XXI, o mercado renasce com o nome dado pelos famalicenses: a Praça.
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Os anos 50 foram marcados pela Era Dourada para a televisão, para a rádio e para a construção de edifícios emblemáticos de várias regiões do país e que se prolongaram ao longo dos anos e da história de uma localidade.
Se a Era Dourada foi marcada pelo aumento de vendas de televisões e pelo reconhecimento do potencial da rádio, então não se pode deixar escapar também a construção do emblemático Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão.
Tudo começou quando, no dia 1 de junho de 1950, decorreu o concurso para a adjudicação do Mercado, que acabou por ser largamente concorrido. Adjudicada aos empreiteiros famalicenses Osório & Coelho, a obra começou no dia 6 de julho de 1950 e foi inaugurada a 21 de setembro de 1952.
"Obra de tal envergadura, situada numa das entradas da vila, que muito veio aformosear aquele local e satisfazer velhas aspirações, preenchendo uma lacuna da progressiva vila". Era assim que os jornais da época descreviam o Mercado que viria a ser o palco de muitas vivências dos famalicenses.
O Mercado Municipal continua a ter um valor inestimável para as gentes da terra que sempre o denominaram de "a Praça". Passados 69 anos, este é o momento em que o Mercado Municipal renasce e, desta vez, com o nome que os famalicenses lhe chamaram ao longo de todas as décadas.
A Praça renasce com um novo conceito. Um conceito mais moderno, atrativo, funcional e que será o ponto de encontro privilegiado de Famalicão. Será nesta nova Praça que o município vai proporcionar novas vivências culturais e urbanas, sempre com a preocupação de manter um estilo de vida mais saudável e com mais qualidade.
Num espaço que acolhe todos e onde a tradição se cruza com a modernidade e inovação, o conforto vai ser uma das mais-valias da Praça, permitindo que os famalicenses possam usufruir da mesma em qualquer estação do ano, faça chuva ou faça sol.
Os detalhes que fazem a diferença
A Praça foi pensada ao pormenor, contando com uma zona de restauração totalmente inovadora, com esplanada coberta e ao ar livre e com seis restaurantes. Para além disso, vai contar com um lugar de frescos destinado a 2 peixarias, 1 talho, 6 bancas de frutas e legumes, 3 floristas e, ainda, 2 espaços de queijaria/charcutaria.
Mas não fica por aí. A Praça vai ter também espaços de arranjos de vestuário; loja de vestuário; retrosaria; drogaria; barbearia; ourivesaria; lavandaria; padaria e café snack-bar, bem como, um espaço de Cozinha Experimental para promoção de workshops, degustações e showcookings.
Também os produtores locais vão ter um local destinado à venda direta e ocasional de produtos agrícolas, agroalimentares e pecuários: o Mercado dos Lavradores. Por fim, mas não menos importante, o espaço também vai ser um local onde pode descontrair e respirar ar puro através dos espaços ajardinados.
A Praça, como referiu o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, é "um espaço-âncora para a revitalização do centro urbano e para a modernização da atividade comercial circundante". A reabilitação física da mesma significa novas vivências culturais e urbanas que pretendem ir ao encontro das necessidades do mercado e das ambições das gerações futuras.
O espaço deve ser um ponto de passagem obrigatória na cidade, tudo graças à qualidade e diversidade de produtos e às dinâmicas de animação cultural e ações pedagógicas constantes, criando, assim, "um novo conceito de Praça".
