Governo remete medidas de gestão da subida dos preços da eletricidade para o próximo Orçamento do Estado, apresentado a 15 de outubro, mas avança estratégia para 2022.
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"Acelerar investimento nas renováveis é a única resposta [ao aumento de preço da eletricidade] e o que iremos fazer no próximo ano", revelou João Galamba, esta sexta-feira de manhã, no Parlamento, levantando o véu sobre as propostas do Governo para o próximo Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
No debate sobre vários projetos de limitação dos preços dos combustíveis (o Governo propõe limitar as margens) e da eletricidade (o Bloco de Esquerda quer acabar com as rendas fixas e a taxação das renováveis), o secretário de Estado da Energia rejeitou a proposta do PCP para baixar preços na energia elétrica regulada, explicando que "isso seria subsidiar preços irrealistas à custa dos consumidores que estão no mercado liberalizado", sendo apenas realista "fazer com que os preços reflitam os custos da matéria-prima e de produção".
Outras medidas de apoio às famílias e empresas face ao aumento de preços da eletricidade esperado para 2022 foram remetidas para o OE2022.
O preço da eletricidade no mercado regulado já teve um aumento extraordinário de 3%, em julho, seguido de novo aumento de 3%, há dois dias, depois de ter sido decretada uma redução de 0,6% em janeiro. A 15 de outubro, deverá ser proposto o aumento para o ano que vem, a que deverá seguir-se a atualização de preços na generalidade do mercado liberalizado.
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