O Conselho de Administração da CP pediu a desconvocação da greve marcada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas para o próximo domingo, após uma reunião com o movimento sindical.
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A administração da CP "renovou o apelo à desconvocação desta acção [greve] lesiva dos interesses da empresa, das populações e do próprio país", refere a empresa em comunicado.
A administração da empresa explicou que durante a reunião com o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), realizada durante a tarde de quinta-feira, a direcção do sindicato apenas reiterou "as suas exigências anteriores", insistindo que fossem retirados os processos disciplinares a vários trabalhadores da empresa
Referindo que perante estas exigências não havia condições para a celebração de um acordo, o Conselho de Administração da empresa reafirmou "que qualquer processo disciplinar que esteja insuficientemente fundamentado ou padeça de irregularidade formal será arquivado".
Na quarta-feira, o SMAQ pediu uma audiência ao Governo para dar a conhecer a sua versão sobre o conflito que mantém com a administração da CP e que está na origem das greves.
Numa carta enviada ao Ministério da Economia e à Secretaria de Estado dos Transportes, o SMAQ diz que quer ser ouvido para pedir à "tutela as medidas e orientações atinentes à garantia da paz social" na CP.
Em causa está um acordo, assinado a 09 de Junho, em que o sindicato afirma que a empresa se comprometeu a arquivar os processos disciplinares dos maquinistas que tinham aderido às greves realizadas nesse período.
A CP tem uma versão diferente e alega que apenas se comprometeu a retirar as faltas injustificadas aos trabalhadores que tinham aderido às paralisações, passando a qualificá-las como faltas por motivo de greve.
Para 1 de Janeiro está agendada uma nova greve, que surge depois de três dias de greve em Dezembro (23, 24 e 25), que levou ao cancelamento de mais de 2700 comboios.
O SMAQ apresentou também um pré-aviso de greve às horas extraordinárias durante o mês de Janeiro.