O Governo considera que as previsões do Fundo Monetário Internacional vão contra os desenvolvimentos verificados nas contas públicas desde janeiro.
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Em comunicado, o Ministério das Finanças considerou que "as previsões do Fundo para 2016 não encontram apoio nos desenvolvimentos verificados desde janeiro, como sejam a rigorosa execução orçamental dos primeiros dois meses do ano, as colocações de dívida bem-sucedidas e o reforço dos indicadores de confiança das famílias e das empresas".
Ainda assim, "o Governo reafirma o seu empenho para alcançar as metas traçadas, através da execução rigorosa do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016) e trabalhará, de forma franca e aberta, com o FMI na quarta missão, que deverá ocorrer em junho".
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O FMI alertou que o défice ficará nos 2,9% do PIB este ano, acima da meta do Governo, sem medidas adicionais, defendendo por isso um "plano de contingência" que inclua adiar o fim dos cortes salariais e da sobretaxa.
No relatório após a conclusão da terceira missão de monitorização pós-programa de ajuda externa, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que "na ausência de mais medidas, estima-se um défice em torno dos 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano", uma previsão que fica 0,7 pontos percentuais acima do défice de 2,2% antecipado pelo Governo.
Considerando que existem "riscos significativos para a execução" do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), nomeadamente com a receita prevista com os impostos indiretos, o FMI urge o executivo liderado por António Costa a formular um "plano de contingência".