O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, defendeu, esta quarta-feira, um terceiro resgate à Grécia porque só assim a economia helénica poderá "voltar a crescer", mas advertiu que "não se pode renunciar" aos ajustamentos se se quer estar no euro.
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Schäuble falava no parlamento alemão (Bundestag) para pedir o apoio a um terceiro programa de apoio financeiro à Grécia que ascenderá a 86 mil milhões de euros.
Os ajustamentos "não são renunciáveis, especialmente no âmbito da união monetária", advertiu.
"Se Atenas cumprir as condições acordadas no Memorando de Entendimento, a sua economia poderá voltar a crescer, o país reduzirá progressivamente a sua dívida e haverá criação de emprego", salientou Schäuble.
A decisão de apoiar um terceiro resgate à Grécia, destacou o ministro alemão, "não é fácil", sobretudo, "depois da experiência dos últimos meses", numa referência às divergências com o governo liderado por Alexis de Tsipras.
No entanto, Schäuble disse que entender a necessidade de "uma mudança" na Grécia, fruto das intensas negociações e da evolução dos acontecimentos nos últimos meses.
Portanto, embora possam existir "boas razões" para desconfiar e votar contra, o o parlamento alemão deve dar "luz verde" ao terceiro resgate financeiro à Grécia, advogou.
Nas circunstâncias atuais, "podemos e devemos apoiar o acordo" entre a Grécia e as instituições que representam os credores, sublinhou Schäuble.
Embora tenha dito que "não há nenhuma garantia de que tudo vai correr bem e dar certo", Schäuble considerou que "seria irresponsável não dar uma nova oportunidade à Grécia".