
Amazon viu o seu lucro líquido cair 9% no terceiro trimestre de 2022
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A empresa de comércio online Amazon anunciou, na quarta-feira à noite, que vai suprimir "pouco mais de 18 mil" empregos, incluindo na Europa, um novo sinal das dificuldades do setor tecnológico nos Estados Unidos.
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O líder da Amazon, Andy Jassy, fez esta comunicação numa mensagem enviada aos trabalhadores, também publicada no site da empresa, precisando que as lojas operadas pelo grupo e os recursos humanos seriam os principais afetados.
Desde novembro que a imprensa norte-americana referia que a empresa tencionava despedir cerca de 10 mil trabalhadores. A Amazon confirmou, então, a eliminação de postos de trabalho mas sem confirmar quantos seriam. Na quarta-feira, "The Wall Street Journal" indicou que o corte de pessoal iria abranger 17 mil funcionários.
Na mensagem divulgada agora, Andy Jassy disse ter escolhido anunciar o número em causa antes do previsto, depois de uma fuga de informação.
O dirigente menciona que os trabalhadores abrangidos "ou os seus representantes, se houver, na Europa" serão contactados pela empresa a partir de 18 de janeiro.
O grupo de distribuição recrutou bastante durante a pandemia para responder à grande procura, duplicando o seu pessoal, a nível mundial, entre o início de 2020 e o início de 2022.
A Amazon tinha em finais de setembro 1,54 milhões de trabalhadores em todo o mundo, sem incluir os trabalhadores sazonais recrutados em períodos de maior atividade, como acontece na altura do Natal e fim de ano.
"A Amazon resistiu a situações económicas de incerteza e difíceis no passado e vamos continuar a fazer isso", afirmou o líder do grupo norte-americano.
Este programa de eliminação de empregos é o mais importante dos que foram recentemente anunciados no setor de tecnologia nos Estados Unidos.
Num contexto globalmente mais difícil para as empresas tecnológicas, a Amazon viu o seu lucro líquido cair 9% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os resultados anuais serão anunciados no dia 1 de fevereiro.
No setor tecnológico, a Meta, que controla o Facebook, anunciou em novembro uma redução de 11 mil empregos, ou seja 13% do total de efetivos.
O Twitter, que foi comprado em outubro por Elon Musk, despediu, por seu lado, cerca de metade dos 7500 funcionários.
O grupo informático norte-americano Salesforce anunciou na quarta-feira que vai dispensar cerca de 10% do seu pessoal, pouco menos de 8 mil postos de trabalho.
