A chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou, esta terça-feira, que visitará Portugal, juntamente com empresários, num discurso no congresso da Confederação dos Empresários Alemães (BDA), em Berlim, em que apelou a uma maior cooperação na zona euro.
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A visita será a 12 de novembro e inclui encontros com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e a participação numa conferência de investidores, como a Lusa noticiou anteriormente.
A chefe do Governo lembrou que esteve recentemente em Espanha e na Grécia e garantiu que "está muita coisa em marcha" nos países mais vulneráveis para retomar a sua competitividade e superar a crise da dívida soberana.
"Por vezes as coisas não andam de forma tão rápida e eficiente como gostaríamos, mas algo está a mudar na forma de pensar na Grécia", referiu a chanceler alemã, que elogiou também o "empenho" do Governo espanhol em recuperar a competitividade da economia.
Em resposta indireta às críticas de que frequentemente é alvo de impor uma política de austeridade aos países mais vulneráveis, Merkel garantiu que não quer mandar nos parceiros europeus e sim defender o nível de vida no Velho Continente.
"Não se devem fazer os trabalhos de casa porque alguém manda, mas porque se trata de saber se podemos continuar a viver com bem-estar na Europa", advertiu a chanceler.
Merkel sublinhou que o resto do mundo está a tornar-se mais competitivo, e por isso a Europa não pode continuar agarrada a conceitos ultrapassados, tem de enfrentar os desafios do futuro.
"Mas estou otimista, acho que conseguiremos", acrescentou, apelando a uma maior cooperação política e económica na zona euro e na união Europeia, e ao aprofundamento da integração.
"É importante termos uma zona euro forte e uma União Europeia forte", advertiu a dirigente democrata-cristã no fórum empresarial da BDA, que representa um milhão de empresas com cerca de 20 milhões de trabalhadores.