O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, está satisfeito com a taxa de execução dos Programas Operacionais, que se fixou em 62% no último semestre de 2021.
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Os números foram apresentados ontem em Guimarães, no Teatro Jordão, "um espaço emblemático", financiado em 12 milhões pelo Programa Operacional Norte 2020.
Segundo António Cunha, a meta de 82%, fixada para 2022, obriga a uma "grande exigência", já que, quando o objetivo foi traçado, "não havia noção dos desafios, nomeadamente da falta de matérias-primas e do aumento dos custos".
Desvalorizar as críticas
Sobre os fundos serem em grande medida absorvidos pelo setor público, o presidente da CCDR-N vê o facto com naturalidade. António Cunha desvaloriza as críticas do deputado social-democrata, José Manuel Fernandes, quando diz que o Governo "usa os fundos para se financiar a si próprio". "É algo subjacente à lógica dos fundos, porque financiam muito a parte educacional e o emprego", replica. "A presença de uma forte componente pública é assumida. Nós somos o principal mecanismo de financiamento das intervenções de grande dimensão nas autarquias", acrescenta.
António Cunha destaca o facto de o maior parceiro de investimento privado estar no Norte - a Bosch Car Multimédia."É um exemplo de que podemos ter grande impacto na atividade privada. Este projeto alavancou um conjunto de 40 empresas que foram requalificadas".