A comissão de vencimentos da EDP vai propor que António Mexia, presidente executivo, continue a receber 600 mil euros anuais fixos, a mesma remuneração desde 2006, mais uma remuneração variável que pode atingir os 80% da fixa.
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Em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a comissão de vencimentos da EDP propõe manter nos próximos três anos o mesmo salário fixo anual, diminuindo a remuneração variável anual e aumentando o prémio plurianual.
A proposta, que será discutida em assembleia geral, refere ainda que, os restantes administradores executivos continuarão a ganhar 80 por cento da remuneração atribuída a António Mexia.
A comissão de vencimentos, liderado por Alberto de Castro, refere que "as linhas fundamentais da política de remunerações não serão substanciais" e que têm em conta a alteração na estrutura acionista da EDP.
Além disso, acrescenta que a proposta é baseada em termo de comparação com "empresas de dimensão semelhante do PSI 20 nacional" e com empresas estrangeiras, "nomeadamente ibéricas que integrem o Eurostoxx Utilities".
A comissão de vencimentos refere ainda que, "não obstante as críticas de que tem sido objeto, o modelo de remunerações dos membros executivos da administração em que haja uma componente variável, continua a ser considerado como aquele com maior potencial para salvaguardar esse alinhamento estratégico de interesse".
A última remuneração de António Mexia fixou-se em cerca de um milhão de euros, com a componente variável e fixa, sendo que em 2009 recebeu 3,1 milhões de euros com o prémio plurianual. Este ano, após ter cumprido mais um mandato, António Mexia voltará a receber o prémio plurianual se a comissão de vencimentos considerar que os objetivos foram cumpridos.
Esta proposta será submetida na assembleia geral de acionistas, marcada para 17 de abril.