Património do dono da empresa de artigos de luxo aumentou mais de 45,8 mil milhões de euros. Todos juntos, os bilionários valem 11,6 biliões de euros.
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Há um novo nome a encabeçar a lista de bilionários da Forbes em 2023: Bernard Arnault. O empresário, dono do grupo LVMH - que inclui marcas como Louis Vuitton, Christian Dior ou Tiffany & Co -, viu a fortuna crescer cerca de 45 mil milhões de euros, passando a ter um património líquido avaliado em 192 mil milhões. O salto do francês fez com que Elon Musk, CEO da Tesla e SpaceX, caísse do primeiro para o segundo lugar do ranking - que conta com 2640 nomes, menos 28 do que em 2022.
A queda de Musk, de acordo com a Forbes, não é surpreendente. No ano passado, a compra do Twitter, que custou 40 mil milhões de euros, assustou os investidores e fez com que as ações da Tesla caíssem drasticamente, o que, em consequência, diminuiu o valor da empresa. No entanto, Musk não foi o único a ver a fortuna ficar mais magra, já que cerca de metade da lista das pessoas mais ricas do Mundo está mais pobre do que no ano passado.
Jeff Bezos, dono da Amazon, passou do segundo para o terceiro lugar do ranking, com uma fortuna avaliada em 104 mil milhões. Também Bill Gates - que em tempos já foi o mais rico do Mundo - perdeu estatuto e tropeçou da quarta para a sexta posição, tendo um património classificado em 95 mil milhões de euros.
Contas feitas, os multimilionários têm menos 457 mil milhões de euros do que no ano precedente, contudo, todos juntos, ainda valem 11,6 biliões de euros.
Apesar de 2023 não ter ter sido um ano de sonho para muitos dos empresários que constam na lista, há outras figuras, além do patrão da firma de artigos de luxo, que ascenderam de posição. Larry Ellison, CEO da Oracle Corporation, conseguiu passar do oitavo para o quarto lugar. Já Steve Ballmer, antigo CEO da Microsoft, e Mukesh Ambani, considerado o homem mais rico do continente asiático, trocaram de posições, tendo passado o norte-americano para a décima posição e o indiano para a nona.
Os Estados Unidos são o país com o maior número de magnatas, contando com 735 membros da lista, que valem 4,1 biliões de euros. Segue-se a China, que continua em segundo lugar com 562 bilionários com patrimónios avaliados em 1,8 biliões de euros, e em terceiro, a Índia, onde se registam 169 multimilionários, que, em conjunto, possuem 617 mil milhões de euros.
Família Amorim é única
Na lista divulgada pela Forbes, porém, surge apenas um nome português, situado em 580º lugar. Maria Fernanda Amorim e as três filhas herdaram do empresário Américo Amorim um património que inclui negócios na cortiça, energia, turismo e restauração, que é avaliado em cerca de 4,3 mil milhões de euros) - o que indica um histórico de riqueza estável. Apesar de, em 2020 - a reboque da pandemia de covid-19 -, a família Amorim ter visto o valor do património líquido diminuir abruptamente, nos últimos três anos a fortuna manteve-se equilibrada, situando-se no mesmo valor em 2021, 2022 e 2023, mostra um gráfico da revista Forbes.
O maior ativo da família Amorim é uma participação estimada em 18% na empresa portuguesa de petróleo e gás Galp Energia, presidida por Paula Amorim, que, no ano passado, conseguiu duplicar os lucros. Por sua vez, as receitas da Corticeira Amorim cresceram 31,6% em 2022, comparativamente com o ano anterior.