Imagine comprar uma escultura belíssima e levá-la consigo todos os dias para o trabalho. Não faz sentido? Faz, num mundo em que a <a href="https://www.arteon.pt/" target="_blank">arte</a> é feita para ser útil.
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Todos os carros começam por ser um amontoado de barro. Seria de pensar que numa altura em que já se constroem casas através de impressão em 3D e em que existe uma máquina para cada tarefa, o design de carros não dependesse de uma prática milenar, mas a verdade é que nada substitui o toque humano na hora de moldar o design de uma máquina. Será por isto que desenvolvemos uma relação sentimental com os carros?
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O processo de "nascimento" de um carro é, essencialmente, o mesmo que o de uma escultura. É arte, sem eufemismos ou metáforas. Um artesão molda o barro durante dias, meses, até anos se for preciso, para que sejam encontradas as linhas que vão tornar aquele modelo numa peça de arte que se movimenta. E há casos em que o resultado desse molde é arte que perdura, circula pelas estradas, para ao nosso lado no semáforo (a não ser que o carro seja nosso e estejamos lá dentro).
Não há melhor exemplo disso mesmo do que um carro chamado Arteon. O novo coupé desportivo de cinco portas da Volkswagen resulta, evidentemente, do trabalho das mãos de um artesão de qualidade. As suas linhas dão-lhe um caráter simultaneamente elegante e aguerrido, e o interior não compromete no conforto para oferecer nas prestações. Este é, aliás um carro que supera as expectativas no espaço e qualidade do habitáculo, tendo em conta que consegue a conjugação que muitos outros tentam: a de ser ao mesmo tempo uma limousine de luxo e um campeão da velocidade.
Não se diminuiu o espaço para as pernas para aumentar os cavalos, e esses não faltam no Arteon. Entre as três motorizações turbo disponíveis, os valores começam nuns impressionantes 150cv e atingem uns estonteantes 280cv. Toda esta potência num veículo que atinge os 1.557 litros de espaço de bagageira, algo que escapa aos seus concorrentes do segmento.
A tecnologia que este novo modelo da Volkswagen disponibiliza estabelece a ponte entre a herança artesanal e a evolução da engenharia que são eixos importantes da marca. Sistemas de segurança como o Adaptive Cruise Control ou o Emergency Assist garantem que qualquer viajem decorrerá sem problemas, enquanto o sistema de Infotainment Discover Pro com um ecrã em vidro de 9,2 polegadas e controlo por gestos nos deixa incrédulos, como se o próximo século tivesse chegado mais cedo (talvez graças a um certo motor turbo).
Mas talvez seja o exterior a representar na perfeição a mestria do Arteon, especialmente na dianteira onde se mostra a nova "cara" da Volkswagen. A maneira como o capot e a grelha se relacionam com as óticas empresta-lhe uma aura inconfundível e o seu aspeto desportivo, musculado. Aspetos a que ninguém ficará indiferente num semáforo ou estacionamento e um problema sério para quem possuir um Arteon. Afinal, qual será a melhor forma de admirar arte: de fora, ou ao volante