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O presidente executivo da CGD afirmou hoje que o relatório da auditoria entregue na Assembleia da República salvaguarda o segredo bancário, optando o banco público por não preservar o segredo profissional da instituição.
"Há toda uma parte de estratégia, toda uma parte comercial, de atos, de estrutura de custos, etc., que cada entidade deve preservar para si e não deve ser do domínio público e dos seus concorrentes. A CGD optou por não o fazer e a única coisa que a este relatório foi retirado foi a parte relativa ao segredo bancário", afirmou Paulo Macedo, no parlamento.
No entanto, o presidente da CGD referiu que, se a lei sobre acesso a informação bancária for promulgada, o relatório sobre a auditoria ao banco "deverá ser disponibilizado na íntegra".
Paulo Macedo frisou também que, relativamente à auditoria à CGD, está em causa o interesse público e o interesse da instituição, havendo "repercussões no negócio e nos seus colaboradores".
"Há o interesse público e há o interesse da instituição, que é de clarificar as coisas e afastar esta mancha de suspeição, mas também há um dano dos colaboradores da Caixa e do seu negócio. Isso afeta a Caixa e a motivação dos seus colaboradores", afirmou Paulo Macedo, acrescentando que "num banco que está a recuperar de seis anos de prejuízos, é [uma situação que] não é indiferente".
Paulo Macedo, entregou esta tarde na Assembleia da República a auditoria à gestão do banco público feita pela EY.
A presidente da Comissão de Orçamento informou que o diploma sobre acesso a informação bancária deverá ser remetido a Belém na terça-feira, esperando que depois seja possível aceder à matéria ainda "truncada" na auditoria à Caixa.
