O ministro das Finanças considerou, esta sexta-feira, que o aumento de impostos para este ano era inevitável para se arrecadar receitas rapidamente e que baixar impostos em 2015 ou 2016 seria imprudente e não seria compreendida pelos portugueses e 'troika'.
Corpo do artigo
"Possíveis reduções de impostos em 2015 e 2016 seriam uma imprudência que não seria compreendida pelos portugueses e pelos nossos parceiros internacionais", afirmou o governante.
Vítor Gaspar, que falava no âmbito do ciclo de debates "As Reformas da República" que se realiza na Universidade Católica em Lisboa em parceria com a Rádio Renascença, respondeu ainda a questões do painel sobre o aumento da carga fiscal decidido em 2011 e que entrou em prática em 2012.
"O aumento da carga fiscal que ocorreu fundamentalmente o ano passado e foi decidido o ano passado para este ano foi inevitável, dada que a velocidade que era necessária para ter um processo de consolidação orçamental bem-sucedido, exigia medidas que pudessem ser eficazes num prazo muito curto. Infelizmente as medidas que têm a ver com a carga fiscal têm essa característica", disse.
O governante disse, no entanto, que à medida que o programa for sendo bem-sucedido, e que se criar espaço orçamental neste período, Portugal poderá começar a ganhar folga para o "exercício pleno das opções políticas".