Banco de Portugal espera recessão de 2,3% para 2013 tal como Governo e "troika"
O Banco de Portugal reviu, esta terça-feira, em baixa as projeções para o desempenho da economia este ano, esperando agora uma recessão de 2,3% do Produto Interno Bruto, em linha com o esperado pelo Governo e "troika".
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De acordo com as novas projeções incluídas no Boletim Económico da Primavera divulgado esta terça-feira, a instituição liderada por Carlos Costa volta a agravar sua expectativa para o desempenho do PIB este ano, mas desta vez alinha a sua projeção com a recentemente feita pelo Governo e pela 'troika' no âmbito da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira.
No último boletim, divulgado a 15 de janeiro, o banco central já havia revisto a sua expectativa para a evolução da economia este ano, passando de uma recessão esperada na ordem dos -1,6% para os -1,9%, revendo agora para uma quebra esperada de -2,3%.
Para esta projeção mais negativa contribuem expectativas mais desfavoráveis que as divulgadas em janeiro quanto ao consumo privado, que deve cair mais 0,2 pontos percentuais, e ao investimento, que deve descer mais 1,4 pontos percentuais.
A procura interna deve sofrer assim uma queda de -4,2%, mais 0,2 pontos percentuais que o esperado na anterior projeção. A instituição explica que na base da contração mais grave que a esperada estará esta "forte queda da procura interna, num contexto de redução das perspetivas de rendimento permanente".
Para o próximo ano, o Banco de Portugal espera um regresso ao crescimento na ordem dos 1,1%, mais fraco que o esperado no anterior boletim (1,3% do PIB), mas num cenário em que são usadas as regras do Eurosistema para as projeções, ou seja, apenas as medidas já implementadas ou com elevado grau de detalhe.
O Governo e a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) esperam que a economia cresça apenas 0,6% no próximo ano.