
Carlos Costa, governador do Banco de Portugal
João Girão/global Imagens
A economia portuguesa deverá registar uma quebra de 1,9% em 2011 e de 2,2 % no próximo ano, de acordo com previsões que o Banco de Portugal divulgou, esta quinta-feira, em linha com as previsões do Governo.
No final de Setembro, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou uma revisão das previsões de crescimento para 2011 e 2012, estimando uma quebra menor do produto interno bruto (PIB) este ano (1,8% face aos anteriores 2,3%), mas uma contracção maior para 2012, de 1,8% para 2,3%.
O Banco de Portugal, no Boletim Económico de Outono, que a instituição divulgou esta quinta-feira, prevê também para o próximo ano uma redução do ritmo das exportações, devido à conjuntura internacional.
"A prossecução do ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos permanecerá como uma importante condicionante da evolução da procura interna. Adicionalmente, o enquadramento internacional implicará uma desaceleração das exportações em 2012. As projecções apontam para um ajustamento significativo do desequilíbrio externo. Em particular, projecta-se uma diminuição de cerca de seis pontos percentuais no défice da balança corrente e de capital nestes dois anos", diz o banco central.
A instituição liderada por Carlos Costa prevê também a continuação da quebra das ofertas de emprego que se regista desde 2008.
Carlos Costa já tinha admitido que as estimativas do banco face à evolução da economia portuguesa seriam diferentes face aos números que a instituição avançou no boletim económico anterior, que apontavam para uma quebra de 2% no PIB de 2011 e de 1,8% no PIB de 2012.
