O crescimento da economia mundial a longo prazo deverá ser, em média, de 2,2% até ao final da década, registando assim um menor crescimento em comparação com as duas primeiras décadas do século XXI, de acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira pelo Banco Mundial.
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Uma junção de fatores, incluindo o impacto persistente da pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e os riscos em curso para o setor financeiro na Europa e nos Estados Unidos, estão a impactar e a abrandar o crescimento da economia global, que o Banco Mundial (BM) prevê que se expanda em apenas 1,7% este ano.
A atual situação preocupa todos os países, desde os mais ricos, desde logo a começar pela China, até aos emergentes, destaca a entidade bancária.
Numa entrevista ao telefone, o diretor da instituição financeira internacional, Indermit Gill, estimou que apesar de a China desempenhar há muito tempo "o papel de locomotiva do crescimento global", o cenário irá mudar "à medida que a sua expansão diminui com o tempo", sendo que a partir desse momento quem irá substituir a China "não será um único país, mas um grupo de países".
Ainda que o crescimento do Produto Interno Bruto global esteja previsto ficar em 1,7%, o BM adianta que o crescimento potencial da economia pode melhorar em 0,7 pontos percentuais, caso seja realizada uma série de reformas que consistem em aumentar o investimento, em melhorar o acesso das mulheres ao mercado de trabalho e em melhorar as condições de comércio.