O Banco Central Europeu reduziu a sua taxa de juro diretora para 0,75% e a taxa de depósito para zero, níveis sem precedentes na história da zona euro.
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Como previam os analistas, o banco de Frankfurt anunciou um corte de 25 pontos base à sua taxa de refinanciamento (o juro cobrado pelos bancos em operações interbancárias) - o nível mais baixo de sempre do BCE.
A instituição presidida por Mario Draghi reduziu ainda a taxa de depósito (taxa paga pelos depósitos dos bancos comerciais no banco central), que está atualmente nos 0,25%, para zero.
Estas descidas já eram esperadas e a expetativa da maior parte dos analistas era saber se o corte à taxa diretora seria de 25 ou 50 pontos base.
Nos últimos meses, a política monetária do BCE tem-se centrado sobretudo em instrumentos não-convencionais como as operações de cedência de liquidez realizadas no final do ano passado e em fevereiro, que movimentaram um bilião (um milhão de milhões) de euros.
O objetivo destas operações era resolver os problemas de liquidez da banca europeia e acalmar os mercados financeiros. Da mesma forma, a redução das taxas decretada é um sinal do BCE aos mercados de que continua determinado em estimular a economia europeia, a atravessar um longo período de estagnação.
A redução da taxa de depósito para zero tem um objetivo específico: é uma forma de estimular os bancos a não 'estacionar' o seu dinheiro no BCE, reavivando a concessão de crédito à economia.